O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou neste domingo (22/03) que o fim das sanções econômicas que pesam sobre o país é condição imprescindível para poder alcançar um acordo sobre o desenvolvimento do programa nuclear – e nunca o resultado da aplicação do mesmo.
Em declarações feitas na cidade de Marshad, perante milhares de seguidores por conta da celebração do ano no persa e divulgadas pela agência oficial Irna, Khamenei insistiu que o Irã não aceitará que o fim das sanções seja uma consequência. “Nos dizem, 'assinaremos o acordo e vigiaremos o comportamento do Irã. Depois levantaremos as sanções'. Isso é um erro e é inaceitável. Nunca aceitaremos”, reiterou.
Agência Efe
Fim das sanções é condição imprescindível para acordo nuclear, disse Khamenei
Segundo o líder supremo do Irã, os norte-americanos esperam que o Irã dê passos “irreversíveis” no caminho de um possível acordo nuclear, algo que também não é aceitável se “o lado oposto continuar sendo capaz de restabelecer as sanções sob qualquer pretexto”. Para ele, quem precisa do acordo são os EUA.
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“Se isso for assim, não há razões para que nossos negociadores aceitem uma condição irreversível”, acrescentou.
Além disso, o dirigente iraniano qualificou de “desonesta” a mensagem pelo Ano Novo persa emitida pelo presidente americano, Barack Obama, já que incluía “a mentira” de que havia setores no Irã opostos à diplomacia como solução para o assunto nuclear.
Além disso, Khamenei ressaltou que as negociações com o Grupo 5+1 só incluem o tema nuclear e “nenhum outro assunto regional ou temas relacionados com nossos assuntos internos”.
“O Irã e os EUA têm visões opostas em temas regionais. Nós queremos segurança e calma na região, mas os poderes arrogantes liderados pela América perseguem uma política de semear insegurança, algo bastante oposto a nossos objetivos”, disse.
(*) Com Efe