Várias explosões e disparos foram registrados hoje (18) na capital afegã, Cabul, em uma zona que reúne os principais edifícios administrativos. Pelo menos dois civis, um policial e quatro supostos insurgentes morreram até o momento, segundo fontes oficiais. O porta-voz talibã Zabiullah Mujahid declarou que “vinte suicidas” estão envolvidos no ataque.
Na região atacada, estão o Banco Central do Afeganistão, os Ministérios de Justiça e Finanças, o Palácio Presidencial e o luxuoso hotel Serena, frequentado por visitantes estrangeiros. Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Zemarai Bashary, a polícia já assumiu o controle total do centro comercial.
EFE
Chamas e fumaça tomam o hotel Serena, em Cabul
De acordo com Bashary, que falou de “ataques simultâneos”, os insurgentes atacaram com um projétil o Banco Central, e também um deles foi detonado em frente ao centro comercial Gulbahar, uma forte explosão que atingiu vários bairros de Cabul. Dois insurgentes, acrescentou Bashary, se entrincheiraram em um cinema, também no centro de Cabul, e ainda combatem a partir do local as forças da ordem.
O porta-voz talibã Mujahid citou também uma explosão registrada nas proximidades do palácio presidencial nos primeiros momentos do ataque, a cargo de um dos suicidas do comando.
As autoridades cortaram as principais artérias viárias e decretaram o fechamento dos edifícios governamentais na cidade, na qual os principais hotéis também fecharam suas portas, segundo o portal afegão de notícias “Quqnoos”.
O último ataque em Cabul aconteceu em 15 de dezembro, quando cinco pessoas morreram em um atentado suicida registrado em frente a um hotel.
Escola em Peshawar
Uma escola foi dinamitada na madrugada desta segunda-feira por extremistas em uma zona tribal do noroeste do Paquistão, onde os talibãs atacam com frequência os centros de ensino. Ninguém ficou ferido porque a escola estava vazia no momento do ataque. O colégio fica em Ashraf Kalay, distrito tribal de Jyber, perto da fronteira com o Afeganistão.
As autoridades locais atribuíram o atentado a um grupo de insurgentes ligados aos talibãs paquistaneses, que como eles militam contra a educação laica e o ensino para as mulheres.
Nos últimos anos foram destruídas centenas de escolas, sobretudo para meninas, nas zonas tribais de fronteira, consideradas o principal reduto dos talibãs paquistaneses.
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