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O líder da conservadora Nova Democracia (ND) grega, Antonis Samaras, afirmou nesta quarta-feira que se vencer as eleições deste domingo seu objetivo é modificar o acordo de austeridade com a União Europeia (UE) e aproveitar o ambiente criado com a ajuda aos bancos espanhóis.
“Queremos mudar o memorando para criar postos de trabalho, sem sair da eurozona”, disse Samaras em entrevista coletiva em Atenas.
“Acho que através de pactos e amizades com pessoas que desempenham um papel importante em seus países, poderemos renegociar o memorando, nos beneficiando do ambiente criado pelo pedido da Espanha de ajuda econômica”, acrescentou o líder conservador, um dos favoritos para ganhar as eleições.
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Sobre a ajuda solicitada pelo governo espanhol para os bancos, Samaras disse que “o problema da Espanha é cinco vezes maior do que o da Grécia”.
Em sua última entrevista coletiva antes das eleições, Samaras criticou a postura de seu rival, o partido esquerdista Syriza, que defende o fim das medidas austeridade.
“Syriza propõe derrubar o memorando unilateralmente. Isso conduziria a um confronto com a Europa e na saída da eurozona, com a volta ao dracma, o que significaria uma capitulação incondicional”, criticou hoje Samaras.
Perguntado pela diferença entre seu programa e o de outros partidos, a maioria dos quais rejeita as medidas de austeridade e pede um plano de estímulo, Samaras disse que seu partido acredita em seu programa e “calculou seu custo”.
“Nós achamos que os postos de trabalho serão criados através dos investimentos gregos e internacionais e com a utilização dos fundos europeus”, explicou Samaras.
No entanto, o líder do Syriza, Alexis Tsipras, tachou de irreal a proposta de Samaras de criar 150 mil empregos nos primeiros seis meses de 2013, alegando que inclusive nas épocas de crescimento esta taxa era de 60 mil.
Por outro lado, Samaras reconheceu que em seu próprio partido ocorreu uma mudança em relação ao acordo do resgate e se mostrou disposto até mesmo a se aliar com os socialistas franceses.
“Durante dois anos, inclusive em meu partido, a maioria achava que devíamos dar prioridade à austeridade e só depois falar de desenvolvimento. Agora as coisas estão mudando”, reconheceu.
Samaras também disse que está seguro de que Bruxelas “não se negará a renegociar” as condições do acordo assinado em março em troca de um segundo plano de resgate de 130 bilhões de euros.