O aiatolá iraniano Yousef Sanei, um dos clérigos mais influentes do país, criticou nesta segunda-feira (28/02) o regime por impedir que os líderes opositores Mir Hossein Musavi e Mahdi Karroubi, que aparentemente foram detidos e se encontram em uma prisão, possam se defender publicamente e perante um tribunal.
“Nos julgamentos políticos do regime do Xá, o último rei do Irã, pelo menos era permitido aos acusados defender sua postura e pensamento”, afirmou o aiatolá em declarações divulgadas pelo site opositor Kaleme.org.
“Alguns acham que os protestos dos opositores não têm base e os consideram mentiras e argúcias mas, embora controlem os meios de comunicação, são incapazes de abrir um julgamento para que os opositores e críticos políticos possam defender suas opiniões e a sociedade possa julgar”, acrescentou.
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Um porta-voz judicial anônimo negou nesta segunda-feira que Musavi e Karroubi tenham sido presos. O site insiste que o ex-primeiro-ministro e o antigo presidente do Parlamento foram transferidos para a prisão de Heshmatieh, no leste de Teerã, após passar 15 dias trancados e incomunicáveis pela polícia em seus respectivos domicílios.
O isolamento de ambos foi confirmado também pelo procurador-geral do Irã e porta-voz do Poder Judiciário, Gholam Hussein Mohseni Ejei, que advertiu a população que as Forças de Segurança atuarão caso os protestos forem retomados.
“O primeiro passo foi dado. Suas relações foram bloqueadas, tanto pessoais quanto telefônicas”, afirmou antes de advertir que, caso necessário, será tomada uma série de medidas de coerção.
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