A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, lamentou nesta segunda-feira (14/03) os resultados das três eleições regionais do último domingo (13/03), em que os parlamentos de Baden-Württemberg, Saxônia-Anhalt e Renânia-Palatinado foram escolhidos e houve um expressivo aumento da votação no AfD (Alternativa para a Alemanha), de extrema-direita. Ela atribuiu a queda na votação do partido ao qual pertence, a CDU, à política de Berlim para com os refugiados.
“Avançamos na busca de soluções, mas não temos ainda uma solução duradoura” para o caso, o que “criou insegurança nos cidadãos, à qual é preciso responder com medidas em escala europeia e nacional”, afirmou Merkel.
Na Saxônia-Anhalt, o AfD obteve mais de 20% dos votos e virou a segunda força local. O partido também conseguiu cadeiras nos parlamentos regionais de Baden-Württemberg, onde teve 15,1%, e Renânia-Palatinado, com 12,6%.
Agência Efe
Merkel lamentou os resultados e disse que é preciso responder à crise dos refugiados
NULL
NULL
Coalizões
Na Saxônia-Anhalt não há maioria suficiente para continuar a coalizão entre a CDU e o Partido Social-Democrata (SPD), o que obrigará seu primeiro-ministro, Reiner Hasselhof, a buscar um acordo com os Verdes, caso continue a se recusar a formar uma aliança com o AfD.
Em Baden Württenmberg, os Verdes – do primeiro-ministro Winnfried Kretschmann – foram o partido mais votado, com 30,3%, superando o CDU, que obteve 27%. A atual coalizão, entre os verdes e social-democratas, não poderá ser reeditada, já que o SPD obteve apenas 12,7%.
Na Renânia-Palatinado, o SPD, da primeira-ministra Malu Dreyer, ganhou com 36,2%, à frente dos 31,8% da CDU, mas sem maioria suficiente para manter sua aliança com os Verdes, que obtiveram apenas 5,3%.
Em todos os estados federados, os vencedores se negam a fazer aliança com a AfD, que, por sua vez, também afirma não querer participar de nenhuma coalizão, afirmou o vice-líder do partido, Alexander Gauland, à rádio hr-info. “Nenhum de nós quer um cargo ou ter alguma responsabilidade. Não queremos ser parceiros de coalizão de ninguém, porque nós vamos lutar contra essa política até o fim”, disse.
(*) Com Efe