O índice de alunos de origem hispânica que concluem o ensino médio nos EUA e se matriculam na faculdade é, pela primeira vez na história, maior que o de “brancos”.
Os números revelados pelo instituto U.S. Census Bureau em parceria com o Pew Hispanic Center no começo de maio apontam que 69% dos estudantes latinos que concluem o ensino médio dão continuidade ao estudos, nas universidades. Entre os brancos – termo utilizado pelos pesquisadores para designar norte-americanos sem origem latina ou estrangeira – a cifra é de 67%.
A pesquisa, realizada pelos pesquisadores Richard Fry e Paul Taylor entre 2008 e 2012, mostra também que em quatro anos o número de hispânicos matriculados no ensino superior subiu quase 20 pontos percentuais – de 49% para 67%.
Os números positivos para os alunos hispânicos também incluem o ensino médio. Os jovens que desistem da escola eram 28% no ano 2000 e caíram para 14%, em 2013. Outro dado importante é que o número de alunos hispânicos no ensino superior ultrapassou os dois milhões de pessoas pela primeira vez na história.
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Alunos do ensino superior nos EUA: índice de matrículas entre os hispânicos (69%) é maior entre brancos (67%)
Os hispânicos compõem o maior grupo, entre as minorias do país, no que se refere às matrículas na faculdade. No entanto, segundo o estudo, os brancos continuam com “as melhores oportunidades” como, por exemplo, em quantidade de ”alunos que conseguem se graduar em escolas de ponta com difícil processo seletivo”.
O estudo argumenta que os números foram impulsionados pelo aumento do desemprego e pela falta de oportunidades para trabalhos braçais. Com a falta de renda em empregos sem grande exigência educacional, muitos latinos apostaram em obter melhor educação e preparação profissional.
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Outro fator que pode ter influenciado o aumento da presença de latinos na faculdade é a “importância que os jovens dão ao estudo”. 88% de hispânicos entre 16 e 24 anos afirmam que é necessário ter um diploma universitário nos dias atuais. Entre os brancos, o índice é de 74%.
A pesquisa ouviu mensalmente cerca de 135 mil pessoas durante os anos de 2008 e 2012. Jovens de idade entre 16 e 24 anos foram entrevistados além de famílias latinas em todo o território norte-americano.