O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub deixou o Brasil na noite desta sexta-feira e viajou a Miami, nos Estados Unidos. A informação foi confirmada neste sábado (20/06) pelo irmão do ex-titular da pasta, Arthur Weintraub, além de constar na localização de uma publicação na própria conta do Twitter do antigo ministro.
Apesar do anúncio da saída de Weintraub do cargo ter ocorrido na quinta-fera (18/06), sua exoneração só foi publicada na manhã deste sábado, em edição extra do Diário Oficial, quando o ex-ministro já estava em território norte-americano.
Com a oficialização da saída, Weintraub perde o passaporte diplomático que adquiriu enquanto ministro. Com passaporte comum, teria que enfrentar as restrições impostas pelo governo dos EUA a viajantes brasileiros por conta da pandemia do novo coronavírus. Segundo o jornal Folha de São Paulo, não há informações se o ex-titular da Educação utilizou o passaporte diplomático.
Um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para apreender o passaporte diplomático de Weintraub já havia sido protocolado nesta sexta-feira (19/06) pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), na tentativa de impedir que ele saísse do país.
MEC
Pedido de apreensão de passaporte diplomático do ex-ministro havia sido protocolado no STF
Ainda na sexta, em entrevista à CNN Brasil, o ex-ministro havia dito que “a prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes. Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem”.
Weintraub é investigado por declarações feitas em reunião ministerial de 22 de abril contra os ministro do Supremo. Em vídeo liberado pela Justiça, o ministro afirma que colocaria “esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Além disso, ele é alvo do inquérito das fake news e investigado por racismo após publicação hostil contra o povo chinês.
Ao anunciar sua saída do MEC, Weintraub afirmou que foi indicado ao cargo de diretor executivo para o Banco Mundial. A nomeação, no entanto, precisa ser aceita pelos outros países que compõem o bloco com o Brasil.
*Com Fórum