Os 12 países-membros da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) pretendem executar mais de 80 obras de infraestrutura na região até 2022, totalizando 21 bilhões de dólares em investimentos.
Serão construídos 2,4 km de pontes, 14 km de túneis, 57 km de anéis viários, 379 km de dragagem de rios, 1,5 mil km de gasodutos, 5.142 km de rodovias, 9.739 km de ferrovias e 3.490 km de hidrovias. Os destaques são três corredores bioceânicos que ligarão o Oceano Pacífico ao Oceano Atlântico.
As obras de infraestrutura estão divididas em oito eixos: Eixo Amazonas, Eixo Andino, Eixo Capricórnio, Eixo Escudo Guianês, Eixo Hidrovia Paraguai-Paraná, Eixo Interoceânico Central, Eixo Mercosul e Eixo Peru-Brasil-Bolívia.
O objetivo do projeto, que foi apresentado a empresários brasileiros na manhã desta terça-feira (24/04), na sede da Fiesp, em São Paulo, é promover a integração da América do Sul.
“Não é casualidade que estamos em São Paulo. A Unasul nasceu no Brasil”, disse a secretária-geral da Unasul, María Emma Mejía, que participou do evento, intitulado “Seminário de Infraestrutura da América do Sul – 8 eixos de integração”. O projeto já foi apresentado em Assunção, no Paraguai, e deve ser exibido em outras cidades sul-americanas.
Mejía destacou que as obras de infraestrutura devem garantir uma maior integração da região, pois, segundo ela, “não podemos jogar individualmente” na atual conjuntura internacional.
“Infraestrutura é fundamental”, disse a secretária-geral da Unasul, comentando que esta é “uma boa oportunidade” para impulsionar projetos desse tipo, já que “vivemos um momento histórico: aprendemos com o passado e estamos em uma época de reservas internacionais”.
“Estamos em um momento de responsabilidade e maturidade política que tem que ser aproveitado. Temos que aproveitar esse processo econômico a favor da integração sul-americana, da integração física”, pontuou Mejía.
A secretária-geral da Unasul também ressaltou que essas obras “não são apenas estradas ou meios de interligação para exportar produtos. Mas sim, formas que nos ajudam a nos conhecermos mais”.
A mesma ideia foi defendida pelo presidente pro tempore do Cosiplan (Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento), Cecílio Pérez Bordón. “O aspecto principal é que o cidadão comum, o cidadão brasileiro, integre-se ao povo paraguaio, ao colombiano, ao argentino”.
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