Kofi Annan renunciou nesta quinta-feira (02/08) ao seu cargo de enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para a Síria. Segundo o diplomata de Gana, a sua renúncia se deve ao fato de ser “impossível” para ele ou “para qualquer outra pessoa” dar os passos necessários que permitam um acordo político que ponha um fim ao conflito no país árabe.
Wkicommons
O diplomata Kofi Annan durante discurso em 2006.
“É impossível para mim ou para qualquer outra pessoa convencer o governo e a oposição a dar os passos necessários para abrir um processo político”, disse Annan em entrevista coletiva em Genebra, na qual voltou a denunciar a falta de unidade na comunidade internacional para pôr fim a 17 meses de conflito armado.
NULL
NULL
Entre 1997 e 2007, Annan foi o secretário geral da ONU. O seu mandato como mediador no país árabe se estende até o dia 31 de agosto. Ele afirmou que continuará no cargo até a data combinada.
O atual secretário geral da entidade, Ban Ki-moon, divulgou uma nota agradecendo aos “esforços decididos e valentes” do ganês. Entretanto, Annan vinha sofrendo críticas de vários países por não conseguir freiar a escalada de violência na Síria. Ele chegou a divulgar um acerto com o governo de Bashar al Assad e a oposição que incluía um cessar fogo. Porém os termos não foram respeitados por nenhum dos lados.
“Kofi Annan merece a nossa profunda admiração pela forma altruísta em que colocou suas grandes habilidades e prestígio a mais difícil e potencialmente mais ingrata das tarefas”, concluiu Ban Ki-moon.
(*) Com informações de agências internacionais.