Após passarem a manhã e a tarde reunidos, representantes do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e do golpista Roberto Micheletti anunciaram um avanço “em 90%” nos oito temas fundamentais previstos pelo Pacto de São José. Mas, mantendo a postura dos últimos dias, desde que uma missão de chanceleres da OEA (Organização dos Estados Americanos) deu início ao diálogo, a volta de Zelaya permanece inegociável.
Vilma Morales, principal negociadora do campo golpista, disse que a restituição foi abordada nos debates de ontem (13) e continuará a ser discutida hoje. “Seguiremos negociando”, afirmou. Quinta-feira (15) é a data-limite imposta pelo presidente deposto para qualquer acordo. Otimista, o representante de Zelaya, Victor Mesa, disse esperar para hoje (14) “muitas possibilidades de êxito no restante do texto” do acordo. Formulado pelo presidente costa-riquenho, Oscar Arias, o Pacto de São José tem 12 pontos, dos quais oito são fundamentais e quatro são de ordem regimental.
Também ontem, a possibilidade de uma consulta popular sobre a convocação de uma Assembleia Constituinte nos próximos meses foi definitivamente descartada, contrariando a resistência hondurenha que vem apoiando Zelaya. Isso porque representantes de Zelaya concordaram em se submeter ao quinto ponto do texto proposto por Arias, segundo o qual o presidente deposto não poderá abrir caminho para uma constituinte caso retorne ao poder. O líder da resistência, Juan Barahona, abandonou a representação de Zelaya após o fato.
Pontos acertados
Até agora, os opositores hondurenhos entraram em acordo publicamente sobre cinco temas principais. Ambos os lados aceitam um governo de união nacional e a submissão do Exército ao Tribunal Eleitoral na época de votação. As facções também recusam uma anistia geral, a antecipação das eleições e a consulta popular.
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