Dois meio-irmãos negros com deficiência mental foram libertados nesta terça-feira (02/09) depois de cumprirem pena de 30 anos em uma prisão nos Estados Unidos. Acusados de estupro seguido de assassinato de Sabrina Buie, uma criança de 11 anos, Henry Lee McCollum, 50, e Leon Brown, 46, foram soltos após testes de DNA revelarem que ambos não foram responsáveis pelo crime.
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Reprodução
McCollum: mais antigo prisioneiro do Estado da Carolina do Norte no corredor da morte
Os testes de DNA foram realizados a partir de um cigarro encontrado na cena do crime, que indicaram um novo suspeito: Roscoe Artis, que morava a um quarteirão do local onde foi encontrado o corpo de Sabrina, segundo a revista Time.
McCollum era o mais antigo prisioneiro do estado da Carolina do Norte no corredor da morte, de acordo com um juiz do condado de Robeson, citado pela Al Jazeera. Enquanto ele recebeu a pena capital, Brown foi sentenciado por ser responsável pelo estupro.
“Este caso destaca da forma mais dramática a importância de encontrar a verdade”, disse Ann Kirby, o advogado de Brown. “Hoje a verdade prevaleceu, mas vem 30 anos depois, tarde demais para Sabrina Buie e sua família, e por Leon, Henry, e suas famílias. A tristeza, dor e perda permanecerão com eles para sempre.”, acrescentou.
Não houve gravações das confissões dos irmãos à época em que foram condenados. A lei estadual da Carolina do Norte exige agora que interrogatórios de assassinatos sejam gravados ou filmados. No entanto, no momento em que os irmãos foram condenados, essa legislação não estava em vigor.
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