A junta militar que deu um golpe de Estado na Tailândia dissolveu neste sábado (24/05) o Senado e afastou de suas funções três altos funcionários da área de segurança considerados próximos à corrente política do governo deposto e seu líder, Thaksin Shinawatra.
O Senado era até agora o único órgão legislativo ativo no país depois que o Parlamento foi dissolvido no começo do ano pela convocação de eleições antecipadas, canceladas posteriormente pelos tribunais.
A medida reforça o controle e a autoridade do Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, nome oficial da junta militar, e de seu líder, o general Prayuth Chan-ocha, que ontem (23) se autoproclamou primeiro-ministro. Os militares assumiram o poder na última quinta-feira (22), depois de terem deposto o governo.
A junta também anunciou a destituição do chefe da Polícia Real da Tailândia, Adul Saengsingkaew, transferido para posto inativo no escritório do primeiro-ministro, segundo informações do jornal Bangcoc Post.
Agência Efe
Soldados da Tailândia confrontam manifestantes que se opõem ao golpe de Estado neste sábado (24), na capital Bangcoc
Além disso, foram transferidos para postos inativos o chefe do Departamento de Investigações Especiais, Tarit Pengdith, e o secretário permanente do Ministério da Defesa, Nipat Thonglek.
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Os três funcionários eram considerados leais ao governo deposto e a Thaksin, o ex-primeiro-ministro afastado do poder no golpe de Estado de 2006 e exilado em Dubai, onde com isso escapa de uma condenação por corrupção.
Nas últimas horas a junta militar também revogou a Constituição e criou um novo governo formado por generais, que pretende realizar reformas políticas e econômicas sem que por enquanto tenha dado um prazo para devolver o poder a um governo civil.
Novas eleições na Tailândia estavam previstas para o mês de julho, mas, frente à atual crise, as autoridades estudam a ideia de adiá-las, pelo menos, até o mês de agosto.
(*) Com Agência Efe