O grupo brasileiro Pão de Açúcar suspendeu “temporariamente” nesta terça-feira (12/07) a proposta de fusão de suas operações com a filial brasileira do gigante francês Carrefour. A iniciativa foi suspensa depois que os administradores do grupo francês Casino, sócio do Pão de Açúcar e rival do Carrefour, se pronunciaram em Paris contra o projeto de fusão.
“A manifestação do Conselho de Administração do Casino, que em reunião na manhã de hoje [ontem] rejeitou os termos da operação, nos leva a suspender temporariamente a proposta, com o firme propósito de manter um diálogo aberto”, assinalou em comunicado o fundo Gama, pertencente ao banco BTG Pactual e responsável pela operação.
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O plano de fusão, revelado em 28 de junho, previa a união dos dois maiores grupos de distribuição brasileiros, o Pão de Açúcar, controlado por Casino e a família brasileira Diniz, e o Carrefour Brasil, para criar um gigante avaliado em US$ 41,899 bilhões. O Casino, que controla 43% do Pão de Açúcar, explicou em comunicado que os membros de seu conselho, à exceção de Abílio Diniz, consideram a fusão “contrária” a seus interesses e aos de sua filial brasileira.
Além disso, a qualificaram de “hostil e ilegal” e encarregaram seu presidente, Jean-Charles Naouri, de fazer valer essa posição “por todos os meios necessários”, também no conselho de administração da Wilkes, consórcio que controla o Grupo Pão de Açúcar.
Pouco antes de ser anunciada a suspensão do projeto de fusão, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que pretendia participar do negócio com a compra de ações da nova empresa por até R$ 4,5 bilhões, desistiu de participar da operação. “Como foi reiterado em diversas oportunidades, o orçamento da eventual participação da BNDESPar nesta operação estava sujeita ao entendimento entre todas as partes”, apontou a nota do BNDES.
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