Após quase seis anos de protestos semanais na aldeia palestina de Bilín e quatro de uma resolução do Supremo Tribunal israelense, o Exército israelense começou nesta semana a desmantelar uma parte do muro de separação na Cisjordânia.
Escavadeiras militares e guindastes israelenses iniciaram nos últimos dias os trabalhos para desmontar várias estruturas que formam a cerca de separação nessa aldeia, quatro anos depois que a Suprema Corte de Israel decidiu que seu traçado deveria ser mudado, informou nesta quinta-feira a imprensa local.
Os moradores de Bilín, transformada em símbolo da luta não violenta contra o muro de separação israelense e que há seis anos se manifesta todos as sextas-feiras contra a medida, tinham ficado separados de suas plantações.
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Participavam dos protestos semanais ativistas de esquerda israelenses e de todo o mundo, em uma ação que em algumas ocasiões tornava-se violenta, com o lançamento de pedras e disparos de gás lacrimogêneo e fogo real por parte das tropas israelenses.
Nos anos de protestos, dois palestinos morreram e várias pessoas ficaram feridas, entre elas jornalistas.
O Ministério da Defesa israelense começou a retirar aproximadamente três quilômetros da barreira que discorre ao oeste de Bilín e espera-se que os trabalhos durem até o fim da próxima semana.
Ainda assim, ativistas contra o muro de separação israelense convocaram para a próxima sexta-feira (24/06) uma grande manifestação em Bilín para continuar protestando contra o novo traçado da cerca, que segundo eles segue bloqueando o acesso dos agricultores a vários hectares de terra pertencentes à aldeia.
Israel começou em 2002 a levantar a barreira de cerca de 700 quilômetros, que tem uma grande parte no território ocupado da Cisjordânia – e que em alguns lances consiste em um muro de concreto de até oito metros de altura -, com o objetivo de impedir os atentados suicidas contra sua população.
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