O presidente venezuelano Nicolás Maduro anunciou o rompimento das relações diplomáticas e políticas com os EUA na tarde desta quarta-feira (23/01), em Caracas. Em pronunciamento realizado da sacada do Palácio Miraflores, sede do governo, para milhares de manifestantes apoiadores, o presidente venezuelano acusou os EUA de uma tentativa de golpe no país.
Em seu discurso, Maduro afirmou que se manterá no poder e não aceitará intervencionismo e a tentativa de golpe apoiada pelo presidente norte-americano Donald Trump. “A Venezuela deve ser respeitada e nós, venezuelanos, devemos tornar esta terra sagrada. Nem golpismo nem intervencionismo, a Venezuela quer a paz!”, afirmou. “Essa tentativa de golpe de estado é a maior insensatez que o imperialismo já cometeu, com seus aliados, a direita e a oposição venezuelana”, continuou o presidente da Venezuela.
Maduro também conclamou o povo venezuelano a se manter mobilizado contra a tentativa de golpe. “O povo é o único que elege presidente na Venezuela. Só o povo põe aqui, só o povo tira. Não queremos voltar ao século 20 de golpes de Estado. O povo venezuelano diz não ao golpismo”.
Maduro ainda fez uma pelo às Forças Armadas por lealdade e disciplina: “Leais sempre, traidores nunca”, disse.
Resposta à tentativa de golpe
O pronunciamento de Nicolás Maduro foi realizado momentos depois do presidente dos EUA Donald Trump apoiar a tentativa de golpe no país, reconhecendo o oposicionista Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. O movimento do presidente norte-americano foi seguido pela Organização dos Estados Americanos, Brasil e Paraguai.
Mais cedo o deputado Juan Guaidó havia simulando uma cerimônia de posse em um palanque com a presença de militantes contrários ao governo durante as manifestações desta quarta-feira (23/01) em Caracas, na qual jurou que promoverá eleições e que trabalhará para derrubar Maduro.
A tentativa de golpe de Juan Guaidó ocorre em meio a uma série de protestos a favor e contra o governo de Nicolás Maduro nas ruas da capital venezuelana.
Desde sua posse, ocorrida em 10 de janeiro, depois de ser eleito para o segundo mandato com mais de 67% dos votos em eleições diretas realizadas em 2018, a oposição tem insistido em não reconhecer o governo de Maduro.
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Em pronunciamento nesta quarta-feira (23/01), presidente venezuelano deu 72 horas para que todo os representantes da diplomacia dos EUA aban