Aos gritos de “sim, é possível”, entoados por dezenas de pessoas que o aguardavam, o candidato opositor Henrique Capriles, que concorre à Presidência da Venezuela contra o presidente interino Nicolás Maduro, foi recebido no bairro nobre de Las Mercedes , em Caracas, para votar. Após mostrar o dedo mindinho manchado de azul para a camera, para comprovar o ato do sufrágio, o candidato pediu que a populacao denunciasse irregularidades na jornada eleitoral.
Em coletiva de imprensa, Capriles pediu que todos os venezuelanos sejam “repórteres” e registrem supostas irregularidades durante o processo eleitoral. “Frente a qualquer atropelo ou abuso, tirem uma foto”, disse o candidato, afirmando que seu comitê enviaria os registros ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral).
Agência Efe
O candidato opositor Henrique Capriles no momento da votação
O candidato da MUD tambem pediu convocou seus apoiadores a “defender a vontade do povo”. “Chegou a hora de fazer valer nossa Constituicao Nacional”, disse, complementando que espera ” que o resultado seja a voz do povo”. “Esta para mim é a palavra sagrada”, afirmou, repetindo que seu bloco respeitará a “vontade dos venezuelanos”.
Vestido com uma jaqueta branca e vinho da seleção de futebol venezuelana sobre camisa amarela que posteriormente acabou exibindo devido ao forte sol, Capriles pediu que os jovens venezuelanos compareçam às urnas para ativar o que dchamou de “operacao avalanche”.
NULL
NULL
“Me dirijo principalmente para os jovens e estudantes, saiamos todos massivamente para votar”, disse, garantindo que ” agora vem uma avalanche de votos até que se termine o processo eleitoral”. Segundo ele, a força da oposicao está ” em pleno desenvolvimento”.
Antes da chegada de Capriles ao centro de votação, os venezuelanos que aguardavam a chegada do candidato aplaudiam os opositores e vaiavam os chavistas que entravam na escola. O cantor de reaggaeton Potro Álvarez, que participou de atos em apoio a Maduro, foi um dos criticados pelos presentes, com o termo “conectado”, utilizado pelos oposicionistas para os que consideram ser “beneficiados” pela relação com o governo.
Ao sair do centro eleitoral, o cantor enfrentou o pedido em coro de “fora, fora”, e apesar da escolta da polícia local, levou aluns empurrões.