O atual presidente romeno, Traian Basescu, venceu nas eleições presidenciais do domingo o seu rival do Partido Social Democrata (PSD), Mircea Geoana, com 50,33% dos votos, segundo os primeiros resultados oficiais.
Com 99,5% dos colégios apurados, a apuração do Escritório Eleitoral Central contradiz as primeiras pesquisas de boca-de-urna, que davam ao social-democrata uma vitória por dois pontos. Geoana obteve 49,66% dos votos.
Andrei Pungovschi/AFP
Mircea Geoana celebra a vitória em Bucareste
Tanto Basescu como Geoana tinham se proclamado vencedores no domingo nas eleições que registraram uma participação de 57,9%, um número considerado alto pelas autoridades.
Se forem confirmados os resultados parciais, o reformista Basescu ocupará cinco anos mais a presidência e poderá continuar o projeto de modernização do Estado empreendido em 2004.
Entre as prioridades deste antigo capitão da marinha mercante se encontra a reforma do modelo de Estado e da própria classe política. Com este objetivo, e coincidindo com o primeiro turno das presidenciais, Basescu convocou um plebiscito não vinculativo para adotar o unicameralismo e reduzir para um máximo de 300 o número de parlamentares.
Mais da metade dos eleitores foi votar, e o sim às duas propostas arrasou com mais de 75% dos votos a favor.
Crise
O novo presidente assume um país fortemente golpeado pela crise econômica e sem governo há quase dois meses.
Em outubro, uma moção de censura tombou o Executivo de centro-direita, e as divergências entre o presidente Basescu e o Parlamento frustraram até o momento a posse de um novo gabinete.
O rival de Basescu, Mircea Geoana, prometeu designar primeiro-ministro o prefeito independente de Sibiu, Klaus Johannis.
Johannis teria contado no Legislativo com o apoio da maioria opositora formada pelo PSD, o Partido Nacional Liberal (PNL) e os autonomista húngaros, cujo voto negativo tombou o primeiro candidato de Basescu.
A Romênia precisa de um novo governo para continuar recebendo o dinheiro do crédito exterior de 20 bilhões de euros contratado em março pela Romênia.
A ausência de um executivo capaz de prosseguir as reformas macroeconômicas estipuladas levou o FMI (Fundo Monetário Internacional) – junto com UE e Banco Mundial – a adiar a chegada ao país da verba correspondente ao mês de dezembro.
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