O ministro da Economia argentina, Amado Boudou anunciou nesta quinta-feira (17/6) durante coletiva de imprensa no Ministério da Fazenda que o prazo para que o novo plano de combate à dívida externa foi prorrogado duas semanas.
Segundo Boudou, a medida foi tomada para dar mais tempo aos credores minoritários para analisar a troca da dívida pública e assim optar pelas melhores condições do financiamento.
“Desde a negociação de 2005, a Argentina cumpriu com todas as suas obrigações. Por isso, a presidente Cristina Kirchner decidiu abrir uma nova possibilidade de troca para aqueles credores que ficaram fora anteriormente, o que representa 24% to total”, explicou.
Entretanto, o ministro da economia afirmou que a extensão do prazo tem como principal objetivo adequar a oferta de negociação para “beneficiar a Argentina”.
“Esperamos ter uma aceitação de 60% na proposta da troca da dívida”, disse Boudou.
De acordo com Boudou, “os títulos a serem entregues na troca da dívida externa vai ser exatamente os mesmos” da negociação de 2005, com um desconto de 66,3% para os investidores institucionais, o que é maior do que o desconto dado no último plano.
Ciclo vicioso
Além disso, o ministro da Economia disse que 160 milhões de dólares serão pagos em dinheiro e que o pagamento das taxas de comissões para as operações de troca da dívida estarão a cargo dos investidores e que não há “nenhuma maneira de serem transferidos para o Estado”.
Por outro lado, Boudou afirmou que já foi realizada uma audiência para aproximar as posições com relação à apreensão dos fundos do Banco Central e que o juiz responsável “se mostrou predisposto e disse que a Argentina está trabalhando para elaborar uma proposta para solucionar adequadamente todos os problemas relacionados à dívida pública”.
“Estamos dando um passo a mais. Esperamos que esta medida possa impactar o mercado financeiro positivamente para encerrar uma etapa com um ciclo vicioso de 30 anos de endividamento”, concluiu.
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