O presidente da Síria, Bashar Al Assad, decretou nesta terça-feira (21/06) uma anistia geral. A ideia, segundo ele, é atingir todos os condenados por crimes políticos cometidos até ontem (20/06). Porém, não há detalhes sobre a medida. A lei afeta todos os presos políticos inclusive os integrantes do grupo denominado Irmandade Muçulmana.
Também nesta terça-feira, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas do centro de Damasco em apoio a Assad. Eles exibiam bandeiras sírias e gritavam frases como “Nos sacrificaremos por Bashar”, “Deus, Síria, Bashar, e nada mais”. Também defendem a “unidade nacional” e o “diálogo nacional”.
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Desde março, Assad vive sob a pressão de intensas manifestações que ele tenta conter com repressão e violência. Os atos do governo são duramente condenados pela comunidade internacional. No entanto, o presidente não mencionou esses episódios na nova lei de anistia.
Ontem, no terceiro discurso público feito por ele, Assad disse que se dispõe a um “diálogo nacional” e à promoção de mudanças na Constituição. Também prometeu anular o item da Constituição que determina que o Baas seja o “partido dirigente do Estado e da sociedade” na Síria.
As promessas irritaram a oposição, que prometeu dar prosseguimento à revolta, iniciada em 15 de março, até a queda do regime. A repressão das manifestações deixou mais de 1.300 mortos e 10.000 pessoas foram detidas, segundo ONGs.
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