A reunião entre o presidente da Síria, Bashar al Assad, e o enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) e da Liga Árabe, Kofi Annan, neste sábado (10/03) não teve o resultado esperado pela comunidade internacional. Durante a conversa com o ex-secretário geral das Nações Unidas, Assad afirmou que não haverá possibilidade de diálogo enquanto os “grupos rebeldes continuarem atacando”, informou a mídia estatal.
Efe
Reunião entre os líderes durou cerca de duas horas
“Nenhum diálogo político ou atividade política pode dar certo enquanto houver grupos armados terroristas operando e espalhando caos e instabilidade”, disse o presidente, que encara protestos pedindo sua renúncia há um ano.
Assad disse, no entanto, que aceita uma iniciativa “honesta” para buscar uma solução para o país. “A Síria está pronta para fazer com que qualquer esforço honesto para se achar uma solução para os eventos que estamos testemunhando vire um sucesso”, completou.
Ainda de acordo com a mídia estatal, no entanto, o encontro entre os líderes durou duas horas e aconteceu em um “ambiente positivo”. Annan chegou ao país neste sábado e ainda deve se reunir com grupos de oposição e organizações não governamentais. A tarefa do emissário, entretanto, não será fácil, já que os opositores já indicaram que não aceitam negociar com o governo.
O objetivo de Annan é negociar um cessar-fogo imediato, obter uma solução para a crise e conseguir a permissão do presidente sírio para que a ajuda humanitária tenha acessa a todo o país.
Durante sua breve estadia no país, os grupos de oposição denunciaram que o governo bombardeou de forma violenta a cidade de Idleb. Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, foram os bombardeios “mais violentos desde o envio de reforços de tropas esta semana para Idleb”.
Os últimos números divulgados pela ONU apontam que mais de 7.500 pessoas já morreram durante os conflitos entre a oposição e forças de segurança do país. Apesar disso, o organismo salientou a dificuldade de se obter informações precisas a respeito da situação do país, já que o governo de Assad impõe limitações à imprensa e aos enviados estrangeiros.
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