Mais de 30 refugiados somalis morreram em um bombardeio aéreo contra o barco que usavam para fugir do Iêmen para o Sudão, informou a Organização das Nações Unidas nesta sexta-feira (17/03).
A OIM (Organização Internacional para a Migração) informou que 31 pessoas faleceram, enquanto autoridades iemenitas divulgaram que há 33 vítimas fatais e 80 resgatados. Há muitas crianças e mulheres entre os mortos.
O ataque ocorreu ontem (16/03) e ainda não está claro quem realizou a ação militar, mas fontes locais acusam a coalizão árabe, que luta contra os rebeldes houthis, pelo bombardeio.
Em comunicado, o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) disse estar “horrorizado” com o ataque. A agência afirmou que há mais de 255 mil refugiados somalis vivendo no Iêmen no momento.
Hudaydah boat incident: Our thoughts are with the survivors of this tragic event and the families of those deceasedhttps://t.co/ipPjqHvSZA
— UNHCR Yemen (@UNHCRYemen) 17 de março de 2017
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O bombardeio ocorreu no estreito de Bab-el-Mandeb, que é constantemente vigiado e sobrevoado por aeronaves da coalizão árabe. O Iêmen está em conflito desde 2015, quando ocorreu uma insurreição da etnia houthi contra o governo local, acusado de discriminação pela minoria étnica.
Desde então, a Península Árabe – com o apoio dos Estados Unidos – decidiu apoiar o então governo iemenita e combate os houthis.
Com isso, ataques aéreos são realizados diariamente em diversas regiões do país, incluindo a capital Sanaa.
*Com ANSA