Atualizado às 13h26
Pelo menos 18 pessoas, entre elas quatro turistas europeus e dois soldados, morreram neste domingo (13/03) em um ataque terrorista em uma região litorânea da Costa do Marfim, a cerca de 40 quilômetros da capital Abidjan, informaram à Agência Efe fontes das forças de segurança.
As vítimas são 15 civis e três soldados das forças especiais, além dos três agressores, informou o governo marfinense, que antes havia afirmado que eram seis os milicianos abatidos. De acordo com o presidente da França, François Hollande, “pelo menos um francês” morreu no atentado.
Agência Efe
Ao menos 16 morreram após ataque terrorista em praia da Costa do Marfim
O ataque, ocorrido à tarde, tinha como alvo o bar do hotel Étoile du Sur, que fica na beira da praia de Grand Bassam, uma região turística muito popular entre marfinenses e estrangeiros que vivem na Costa do Marfim.
Segundo as primeiras informações, pelo menos seis homens armados com fuzis kalashnikov e granadas começaram a atirar indiscriminadamente nas pessoas que estavam no bar.
O grupo terrorista Al-Qaeda reivindicou a autoria dos ataques.
NULL
NULL
Feridos
Unidades das forças especiais do exército marfinense e tropas francesas no país foram a Grand Bassam para ajudar a retirar os feridos e funcionários e hóspedes dos hotéis da região.
Esta é a primeira vez que a Costa do Marfim é alvo de um ataque destas características, embora o país estivesse em alerta após os atentados jihadistas em hotéis na Burkina Fasso e no Mali ocorridos nos últimos meses.
As forças de segurança suspeitam que a intenção dos terroristas fosse repetir a estratégia utilizada nos ataques semelhantes citados, nos quais, após atirarem em hóspedes, homens armados entraram nos hotéis para fazer reféns, algo que nesta ocasião não aconteceu.
Militares teriam matado pelo menos seis dos criminosos, informou à televisão estatal RTI o Ministério do Interior e da Segurança.
Em meados de janeiro, pelo menos 26 pessoas de 18 nacionalidades morreram em um ataque parecido e cometido por um comando da Al Qaeda no hotel Splendid, na capital de Burkina Fasso, Ouagadogou, no qual 156 pessoas foram liberadas após uma operação de resgate que durou toda a noite.
Em novembro, um ataque em um luxuoso hotel de Bamaco, no Mali, teve saldo de 27 mortos, entre funcionários e hóspedes do hotel, além dos 13 autores do atentado, que acabaram mortos pelas forças de segurança. Uma operação de resgate libertou quase 200 reféns.
A Al Qaeda no Magrebe Islâmico declarou em várias ocasiões que os cidadãos ocidentais, mais concretamente os da França, se transformaram em alvos prioritários do grupo, embora seus ataques não discriminem por nacionalidade e também afetam a população local.
A “caça ao ocidental” foi declarada às claras por esta organização extremista em comunicado divulgado em janeiro, quando revelou a identidade de três malineses que cometeram os atentados em Burkina Fasso.