O grupo Revolução Síria contra Bashar al Assad, um dos mais ativos nas manifestações que tem tomado o país árabe nesse ano, convocou nesta terça-feira (17/05) uma greve geral para amanhã em todo o país, em uma nova tentativa de intensificar os protestos contra o regime.
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Em sua página no Facebook, o grupo mostra a intenção de promover manifestações semelhantes às ocorridas nas últimas sextas-feiras no país. Pede-se o fechamento de colégios, universidades, lojas e restaurantes, e que os táxis não circulem.
Neste sentido, o grupo pediu aos internautas que divulguem os protestos e distribuam folhetos em diferentes lugares.
Além disso, a página informou que foram realizadas várias manifestações nas cidades de Deir al Zor, no leste do país, e em Homs, no centro, e denunciou a morte de um cidadão em Kanaker por disparos de armas de fogo por parte do exército.
Outro grupo opositor, o Flash, denunciou nesta terça-feira que forças de segurança foram mobilizadas na entrada principal da cidade de Madaya, ao oeste de Damasco.
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Em abril, o grupo opositor A Revolução Síria tentou organizar manifestações às terças-feiras para generalizar os protestos, mas esta é a primeira vez que é convocada uma greve geral.
Uma fonte militar não identificada citada pela agência de notícias oficial Sana, disse que oito membros das forças de segurança morreram e cinco ficaram feridos em enfrentamentos na região de Tel Kalah, perto da fronteira norte do Líbano e nos arredores de Deraa, no sul do país.
Segundo uma breve nota, as mortes ocorreram em combates com integrantes de “grupos criminosos”.
A cidade de Tel Kalaj, de maioria sunita, está sitiada há semanas pelo exército sírio, o que levou milhares de seus cidadãos a se refugiarem no Líbano.
As manifestações na Síria, que começaram em fevereiro e se intensificaram a partir de 18 de março, foram duramente reprimidas pelo regime, que acusa grupos armados não identificados de matar civis e membros das forças de segurança.
Segundo várias ONGs, mais de 800 pessoas morreram nestes protestos pelas mãos das forças de segurança e milícias vinculadas a elas.
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