A Austrália tem o maior número de casos da gripe A (H1N1) fora da América do Norte. O número de pessoas diagnosticadas com gripe no país ultrapassou os mil (são 1006 casos) hoje (5), segundo autoridades da saúde do país.

A cidade de Melbourne, segunda maior da Austrália, se tornou, segundo o jornal The Australian, a capital da gripe no mundo com o vírus duas vezes superior na população do estado de Victoria – onde Melbourne está localizada – que em todo o México, onde o vírus começou a se manifestar.

Sendo a população de Victoria comparativamente pequena (cinco milhões de habitantes), isto significa que a gripe ocorre em um indivíduo a cada 9,139, mais do que o dobro do México, que tem uma população de 110 milhões de pessoas, com um a cada 21,86 mil mexicanos com o vírus, e o triplo dos Estados Unidos (307 milhões), com um a cada 27,295 pessoas.

Victoria tem 301 casos confirmados nas últimas 24 horas e um total de 874 até o momento, totalizando 86% dos casos a nível nacional, segundo o Departamento de Saúde do Estado.

Apesar da Ministra Federal da Saúde, Nicola Roxon, ter dito que a situação não é tão severa para restringir viagens, o governo de Cingapura incluiu em seu website um alerta para residentes, para que tentem evitar viagens ao estado australiano.

Além disso, quatro dos seis estados da Austrália estão solicitando que crianças que visitem Victoria fiquem em quarentena por uma semana, tomando anti-virais, antes de retornarem às escolas. “Crianças são os que mais espalham o vírus”, disse Roxon. O mesmo ocorre para qualquer um que volte de viagem dos Estados Unidos.

Cerca de 16 escolas já foram fechadas na Austrália devido à rápida contaminação.

Razões

Mas segundo o Ministério da Saúde, a razão do número ser bem mais elevado em Victoria do que em outros estados é devido ao rigoroso processo de testes sendo realizados na região. “Temos um dos melhores sistemas no mundo pra testar a doença”, informou o Departamento da Saúde do Estado ao Opera Mundi . “Por isso parece que o número é mais elevado aqui”.

Segundo o governador do estado de Victoria, John Brumby, uma das razões do estado possuir a mais alta taxa disparada da gripe, é por Victoria ter começado os testes e medidas de prevenção mais cedo do que os demais estados.

De acordo com o Ministro da Saúde local, Daniel Andrews, os sintomas do vírus são inteiramente proporcionais e consistentes com a temporada da gripe comum se aproximando.

No entanto, o governo alertou que a disseminação do vírus A (H1N1) está bem distante de ser prevenida.

Enquanto isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) está monitorando a rápida circulação do vírus no país. Por enquanto há o registro de 19,3 mil pessoas contaminadas em 66 países e 117 mortes decorrentes desde que o vírus foi descoberto no México e nos Estados Unidos em abril.

A transmissão prolongada por comunidades fora da América do Norte vai direcionar a OMS quanto à necessidade de declarar ou não uma pandemia, o que resultaria na primeira pandemia de influenza em quatro décadas.

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