O autor confesso do duplo atentado da Noruega, Anders Behring Breivik, exigiu a renúncia do governo de Jens Stoltenberg em troca de uma declaração íntegra sobre seus ataques, informa neste domingo a televisão norueguesa NRK.
O fundamentalista cristão e ultradireitista, em cujo duplo atentado do dia 22 de julho morreram 77 pessoas, deu um depoimento na sexta-feira (29/07) durante dez horas, informaram fontes policiais.
Espera-se que na próxima semana seja examinado por dois psiquiatras legistas, que deverão elaborar uma sentença sobre seu estado mental até novembro.
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Segundo informou neste domingo (31/07) o jornal Aftenposten, seu primeiro atentado com carro-bomba no complexo governamental de Oslo atrasou por causa de um engarrafamento.
Além disso, ele chegou tarde ao acampamento das juventudes social-democratas na ilha de Utoeya, aproximadamente uma hora e meia depois, quando muitos presentes ao tradicional encontro político já tinham ido embora, entre eles a ex-primeira-ministra Gro Harlem Brundtland.
Os serviços secretos noruegueses informaram na sexta-feira que não acreditam que tenha aumentado o perigo de um ataque terrorista por parte da extrema-direita após o duplo atentado de Breivik.
O nível de perigo se mantém na mesma escala que antes desses ataques, segundo fontes da espionagem norueguesa, que partem da base que Breivik planejou e perpetrou sozinho tanto seu atentado com carro-bomba em Oslo como o posterior tiroteio na ilha.
Outros atentados
Além do atentado que deixou 77 mortos, Breivik teria planejado outros ataques com bomba contra o Palácio Real de Oslo e a sede do partido social-democrata do primeiro-ministro Jens Stoltenberg.
As informações são do jornal VG, que cita fontes policiais afirmando que o próprio Breivik teria confessado o plano durante o interrogatório de dez horas.
Entretanto, o autor confesso do duplo atentado da Noruega desistiu do plano devido a dificuldade de acessar ambos os estabelecimentos.
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