O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, anunciou nesta terça-feira (24/05) que o Egito e a Tunísia terão até seis bilhões de dólares em ajuda financeira nos próximos dois anos. A liberação da quantia está ligada ao progresso desses países na modernização de suas economias, com o objetivo de gerar mais oportunidades para suas populações. No início deste ano, as duas nações foram palco de protestos populares que resultaram na mudança de seus respectivos governos.
Em nota publicada no site do Banco Mundial, Zoellick afirmou que o banco vai oferecer um bilhão de dólar à Tunísia, como reforço ao orçamento e a projetos de investimento, além dos 500 milhões de dólares já anunciados pela instituição como parte de um pacote de 1,2 bilhão que será oferecido pelo Banco Africano de Desenvolvimento e por doadores europeus.
Leia mais:
Líbia: Perguntas que é preciso colocar em cada guerra
OTAN bombardeia Trípoli e atinge novamente complexo residencial de Kadafi
'Líbia não é Egito nem Tunísia', diz filho de Kadafi
“O plano da Otan é ocupar a Líbia”, diz Fidel Castro
Obra do cartunista brasileiro Carlos Latuff repercute nos protestos no mundo árabe
O pacote será implantado na forma de um Programa de Governança e Oportunidades. A meta é promover, na Tunísia, a liberdade de associação, o acesso à informação, transparência em processos públicos, melhorias nos serviços públicos e treinamento para trabalhadores desempregados.
O setor privado tunisiano receberá até 400 milhões de dólares da International Finance Corporation, entidade ligada ao Banco Mundial, segundo o presidente da instituição. A Agência Multilateral de Garantia dos Investimentos, outra subsidiária do Banco Mundial, deverá oferecer à Tunísia até 100 milhões de dólares em garantias ao ano.
Zoellick afirmou também que 4,5 bilhões de dólares serão disponibilizados ao Egito nos próximos 24 meses como parte de um pacote em potencial. O pacote inclui um programa do FMI (Fundo Monetário Internacional) para sanar “rombos” no orçamento e nas reservas internacionais do país, bem como custear reformas que promovam o crédito e o investimento.
De acordo com seu presidente, o Banco Mundial está trabalhando em parceria com o FMI e outros bancos de desenvolvimento com uma abordagem integrada com o objetivo de estabilizar e modernizar as economias da região. O esforço conjunto será parte da pauta da cúpula do G8, grupo que reúne os sete países mais desenvolvidos do mundo, mais a Rússia, e que vai se reunir esta semana em Deauville, na França.
Além de anunciar os pacotes, o Banco Mundial divulgou também previsões de forte retração no crescimento econômico do Oriente Médio e Norte da África, região onde estão situados Tunísia e Egito.
*Reportagem publicada em português pela ANBA (Agência de Notícias Brasil Árabe). Tradução de Gabriel Pomerancblum.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL