O presidente interino da Tunísia, Fouad Mebazaa, nomeou Beji Caid Essebsi, antigo decano da Escola de Advogados de Túnis, como novo primeiro-ministro, informou a televisão estatal neste domingo (27/02)l.
Essebsi substitui Mohamed Ghannouchi, que renunciou mais cedo após 10 anos no cargo e que permanecia à frente do Executivo de transição que se formou após a saída do poder do presidente Zine El Abidine Ben Ali, no dia 14 de janeiro.
Ghannouchi renunciou após dois dias de fortes enfrentamentos na capital tunisiana entre a Polícia e grupos de manifestantes, que somaram seis mortes e mais de 80 feridos.
Leia mais:
Primeiro-ministro da Tunísia pede demissão
Leia mais:
Tunisianos protestam para pedir renúncia do premiê e do governo de transição
UE vai ajudar Itália a enfrentar fluxo de imigrantes da Tunísia
No entanto, o porta-voz do principal sindicato tunisiano, a UGTT, manifestou em uma canal privado de televisão que não reconhecia Essebsi como primeiro-ministro, dado que o presidente interino do país tinha decidido sua nomeação de maneira unilateral e sem contar com o resto das Forças políticas e sociais da Tunísia.
Repecurssão
A União Geral de Trabalhadores da Tunísia (UGTT) expressou sua rejeição ao novo primeiro-ministro do país, Beji Caid Essebsi.
Em declarações à agência de notícias espanhola Efe, Habib Briki, porta-voz da UGTT disse que seu sindicato não reconhece o novo primeiro-ministro porque o que pretende é a renúncia de todo o Governo de transição em plenário e não só a substituição do chefe do Executivo.
“Nesta manhã realizamos uma reunião da direção do sindicato e concordamos pedir ao governo que renuncie em sua totalidade”, manifestou Briki.
“Queremos uma mudança completa do governo porque não fez nada nem está cumprindo nenhum dos propósitos da revolução” que no dia 14 de janeiro derrubou Ben Ali.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL