O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, anunciou neste domingo (06/11) que, apesar das últimas deserções de deputados da coalizão governista, o Executivo possui o apoio da maioria no Parlamento.
“Apesar dos abandonos, que espero que possam retornar, temos ainda a maioria. Comprovamos os números nas últimas horas”, garantiu o premiê, em discurso por telefone durante o congresso do movimento Ação Popular.
A imprensa italiana informa que, diante da importante votação da próxima terça-feira, quando será necessário aprovar o documento com as contas do Estado de 2010, o número de deputados da coalizão governista caiu para 306 devido aos últimos abandonos, por isso não se conseguiria aprovar o texto
Enquanto estava na Cúpula do G20 em Cannes (França), Berlusconi perdeu o apoio de dois deputados de seu partido – Alessio Bonciani e Ida D'Ippolito -, que passaram a fazer parte do grupo da UDC (União da Democracia Cristã e de Centro).
Segundo a imprensa, já seriam 20 os deputados que estariam pensando em votar contra o governo na terça-feira. Mas Berlusconi reiterou que, segundo suas contas, têm a maioria e destacou que seu governo pretende permanecer até 2013, quando termina a atual legislatura.
“Não acreditamos em governos de união nacional, nem em governos técnicos. Nós continuaremos governando, mas, se no final não for possível, a única alternativa seriam as eleições antecipadas”, ressaltou o premiê.
Berlusconi fez um apelo aos partidos da oposição para que votem as reformas econômicas previstas por seu governo para reduzir a dívida e fomentar o crescimento, como pedido pela União Europeia. “Não votá-las não significa ir contra a maioria, mas contra a Itália”.
“Nosso país se encontra diante de uma dupla ameaça: a da especulação nos mercados e a especulação política sobre a crise na tentativa de buscar uma maneira de chegar ao poder. Não podemos, portanto, deixar a Itália nas mãos desta esquerda”, acrescentou.
Já o líder do Partido Democrata, Pier Luigi Bersani, anunciou que há um movimento em torno da apresentação de uma moção de censura. “Não sei o que acontecerá na terça-feira, mas discutiremos com os demais partidos na oposição e cogitaremos apresentar um voto de censura”.
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