O partido Kadima, da chanceler Tzipi Livni, venceu hoje (10) as eleições legislativas de Israel, segundo pesquisas de boca-de-urna, superando o Likud, do ex-premiê Benjamin Netanyahu. A legenda que atualmente governa o país teria conquistado de 28 a 30 das 120 cadeiras no Parlamento, duas a mais que o Likud, informou o jornal israelense Haaretz.
Apesar da derrota, membros do Likud reivindicam o direito de governar o país, com Netanyahu voltando a ser primeiro-ministro, graças a uma possível aliança de direita com o partido Yisrael Beiteinu, que teve expressiva ascensão e conquistou 14 ou 15 cadeiras, segundo a boca-de-urna, contra 13 do Partido Trabalhista.
A imprensa israelense, que considera o Kadima como um partido de centro, fez a seguinte projeção de divisão de forças no Parlamento: a direita terá cerca de 64 cadeiras e a centro-esquerda, 56.
“Tenho certeza de que Netanyahu sera o próximo primeiro-ministro”, disse o parlamentar Gilad Erdan, do Likud. “Ele tem uma vantagem clara porque os partidos de direita formam um bloco maior. O que importa não é qual partido conquista mais votos, mas qual candidato tem melhores condições de formar uma coalizão. Essa pessoa é Netanyahu”.
Tzipi Livni discordou. “Israel escolheu o Kadima e nós vamos formar o próximo governo”.
O ex-ministro Silvan Shalom, do Likud, declarou que o Kadima está “iludido” por cantar vitória tão rapidamente. Segundo ele, um governo liderado por Livni é uma possibilidade irreal.
O ministro da Segurança Pública Avi Dichter respondeu: “A Tzipi Livni é a líder do Estado de Israel de hoje até a próxima eleição para o Knesset [Parlamento]”.
O ministro das Finanças, Roni Bar-On, convidou o líder do Yisrael Beiteinu, Avigdor Lieberman, a juntar-se ao bloco do Kadima e evitar “cometer suicídio” ao lado de Netanyahu.
Segundo duas pesquisas divulgadas por redes de TV locais, a legenda que atualmente governa o país assegurou 30 cadeiras, contra 28 do Likud. Segundo outra emissora, o Kadima conquistou 29, contra 27 do Likud. O jornal Yedioth Ahronoth prevê 28 contra 26.
Nenhuma das pesquisas é oficial e será preciso esperar pela apuração dos votos para ter certeza dos resultados.
Após a recente invasão à Faixa de Gaza, que deixou cerca de 1,4 mil palestinos mortos em resposta ao lançamento de mísseis contra o território israelense, a questão palestina dominou as discussões pré-eleitorais. Mas alguns analistas acreditam que qualquer resultado será ruim para os palestinos. Leia mais.
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