O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que, nesta semana, o país vai reconhecer a Palestina como Estado independente, decisão já tomada por Brasil, Uruguai e Argentina e solicitada por parlamentares chilenos.
“A Bolívia enviará uma carta ao presidente da Palestina reconhecendo como Estado independente e soberano”, disse Evo Morales em uma coletiva de imprensa, no Paraguai.
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“Nesta semana, vamos enviar aos organismos internacionais” a decisão da Bolívia de reconhecer a Palestina como um dos membros da comunidade internacional, informou a TV Telesur, ao tratar de uma reunião dos chefes de Estado da Bolívia, do Uruguai, José Mujica, e do Paraguai, Fernando Lugo.
O reconhecimento boliviano ao Estado Palestino independente e com as fronteiras de 1967 ocorre depois de Brasil e Argentina tomarem a mesma decisão no início de dezembro. O Uruguai formalizará as relações diplomáticas com a Palestina no começo de 2011, com a instalação de uma embaixada nos Emirados Árabes.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, expressou satisfação com o reconhecimento por parte da Bolívia, segundo a agência oficial palestina Wafa.
O negociador palestino, Saeb Erekat, também agradeceu “ao povo irmão boliviano e ao seu presidente, Evo Morales” e afirmou que o reconhecimento “é um grande passo na direção correta, alinhado com o Direito Internacional e coerente com a política exterior das nações latinoamericanas”.
Influência israelense
Em meio a esse movimento internacional, o Ministério de Assuntos Exteriores de Israel pediu a suas delegações no mundo que busquem frear o reconhecimento da Palestina como Estado soberano perante a comunidade internacional.
A ordem do Ministério pede aos diplomatas israelenses que deem passos “urgentes” para conter essa onda. Em um telegrama confidencial aos encarregados de missões, tal como descreve o jornal local Ha'aretz, Rafi Barak, diretor-geral da chancelaria pede uma campanha pública e imediata para se chegar aos chefes de governo, ministros de Exteriores e Parlamentos de cada país.
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O objetivo principal, segundo o Ha'aretz, é impedir uma resolução da ONU que reconheça uma eventual declaração unilateral de independência por parte dos palestinos e que pressione Israel a cessar a construção nos assentamentos judaicos em territórios palestinos ocupados.
*Com agências internacionais
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