A Bolívia e o Chile se enfrentarão na Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda. O governo do presidente boliviano, Evo Morales, apelou à Corte como terceiro envolvido na disputa sobre as águas territoriais do Peru com o Chile. Os bolivianos pedem a revisão da delimitação marítima. A Bolívia não tem saída para o mar.
Desde 1879, a Bolívia reivindica o direito de ter acesso ao mar. Depois de uma disputa com o Chile, os bolivianos perderam cerca de 400 quilômetros de costa e não dispõem de litoral. Em 1976, os dois países romperam relações depois de mais um acordo fracassado. No ano passado, os presidentes Morales e do Chile, Sebastián Piñera, criaram uma comissão para analisar o tema.
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A ação em Haia foi encaminhada por uma delegação boliviana chefiada pelo embaixador Ruben Saavedra Soto. No texto, o governo Morales lembra que a disputa entre Peru e Chile envolve uma área de 100 mil quilômetros quadrados. Segundo os peruanos, a área deve ser usada para a pesca, enquanto os chilenos dizem que isso deve ser definido em acordo de fronteira.
Para Morales, o assunto envolve diretamente a Bolívia porque a área debatida é a mesma que os bolivianos reivindicam desde 1879. O texto faz uma série de referências históricas e encerra a argumentação informando que há cinco anos bolivianos e chilenos buscam um acordo, registrando avanços modestos, segundo especialistas da Bolívia.
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