As bolsas asiáticas apresentaram queda hoje (14/5), com receios quanto à dívida em países da zona do euro. O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha queda de 1,03%, para 403 pontos. O indicador acumula alta de 3,6% na semana, após perder 8,4% na semana anterior, maior queda semanal desde o colapso do Lehman Brothers em 2008.
Tóquio caiu 1,49%, para 10.462 pontos, derrubado pela queda de 6,7% da gigante Sony Corp, após a empresa projetar lucros não tão bons quanto o esperado pelo mercado. As perdas no mercado japonês foram ainda alimentadas por temores de que o iene mais firme limaria os ganhos em empresas voltadas à exportação.
Os mercados asiáticos também foram pressionados pelas perdas em Wall Street, onde os comentários da Cisco Systems e da varejista Kohl's fomentaram dúvidas sobre a força da recuperação econômica nos Estados Unidos.
Xangai caiu 0,51%, para 2.696 pontos. Em Hong Kong a perda foi de 1,36%, para 20.145 pontos. Taiwan fechou praticamente estável, com variação positiva de 0,02%, a 7.772 pontos.
Europa
As bolsas europeias abriram o pregão em queda, com os investidores novamente receosos de que as medidas de correção orçamental adotadas pelos países não sejam suficientes.
O Ibex 35 recuava às 07h 4,2%, enquanto em Portugal o PSI 20 baixava 2,4%. Frankfurt, por sua vez, caia 1%, Londres 1,5% e Paris 2,4%. O índice grego Athex perdia 1,9%.
A nova baixa surge no dia em que o euro volta a renovar os mínimos históricos, negociando na casa dos 1,24 dólares.
Em declarações à agência Lusa, o economista chefe do Montepio Geral, Rui Serra, afirmou que os investidores continuam desconfiados das medidas anunciadas pelo Banco Central Europeu, FMI e diferentes governos, e temem um desaparecimento da moeda única.
Para Serra, o primeiro “candidato” a sair do euro seria a Grécia, o que seria nada “recomendável”, uma vez que dificultará as condições para o cumprimento do plano de recuperação.
Já para o economista Filipe Garcia, da IMF – Informação de Mercados Financeiros, a queda dos mercados está atrelada às medidas anunciadas por Espanha, Portugal e Grécia, que demonstram que as “economias vão ter mais dificuldades em crescer, tornando menos atrativo o investimento”.
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