Terça-feira, 10 de junho de 2025
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Atualizada às 20h42

Uma bomba explodiu nesta segunda-feira (08/09) dentro de um cesto de lixo em uma galeria subterrânea conectada à estação de metrô Escuela Militar, em Santiago. A explosão aconteceu próxima a uma unidade da rede de lanchonetes de fast food Juan Maestro, popular no país. Há registro de pelo menos 14 feridos, sendo que um deles sofreu amputação de parte de dois dedos da mão. Nenhuma pessoa corre risco de morrer.

Bachelet classifica atentado a bomba no metrô de Santiago como ‘abominável’

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Agência Efe

Policiais, bombeiros e paramédicos atendem vítimas da explosão

O ministro secretário geral do governo chileno, Álvaro Elizalde, afirmou que se trata “efetivamente de um ato terrorista, um fato condenável e atroz”. Essa é a segunda bomba colocada no metrô desde que a presidente Michelle Bachelet assumiu o poder em março e a primeira explosão com vítimas. O artefato usado nesta segunda era um extintor com pólvora.

O médico que atendeu as vítimas, Fernando Zapata, afirmou à imprensa que, entre os feridos, está uma mulher, de cerca de 50 anos, que sofreu uma amputação traumática nos dedos das mãos. Ela trabalhava na lanchonete, bem como outra mulher que teve fratura exposta em uma perna. O venezuelano, que está entre as vítimas, teve fratura exposta na perna esquerda. Os outros sete afetados tiveram trauma auditivo ou ferimentos leves. Alguns já receberam alta do hospital.

Oito pessoas ficaram feridas e uma teve que amputar os dedos da mão, de acordo com médico que atendeu vítimas; Bachelet vai usar "lei antiterrorista"

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“Pessoas inocentes foram afetadas por este ato terrorista e o governo vai invocar a Lei Antiterrorista. Aleuy se deslocou para o local e o ministro do Interior está realizando a coordenação com todas as instituições para que o ato não fique impune”, acrescentou Elizalde. No final da tarde, a presidente Bachelet se encontrou com as vítimas do atentado na clínica Las Condes.

Aleuy disse que os dois indivíduos que estariam envolvidos no atentado fugiram em um automóvel da marca Chevrolet.

Após reunião do governo para analisar o incidente, a agenda da mandatária para amanhã foi suspensa e ficou acordada a realização, às 8h30, de uma reunião do Conselho Operativo de Segurança.

Agência Efe


Tráfego de veículos não foi afetado; serviços do metrô foram paralisados por horas

A estação terminal Plaza de Maipú, na linha verde, chegou a ser fechada após ter sido encontrado um pacote suspeito. O metrô confirmou a informação em seu Twitter, mas esclareceu que se tratava de uma sacola de lixo.

Histórico

Em 14 de julho, uma bomba explodiu na estação terminal Los Dominicos, na mesma linha do metrô. Depois, foram registrados casos de mochilas encontradas com bombas, mas desativadas antes da explosão. Investigações da polícia após o atentado de julho revelaram que se tratou de um ato realizado por “grupos anarquistas insurrecionistas”.

Após a ação, o governo aplicou a Lei Antiterrorista, que também foi acionada após a explosão de bombas que em alguns bairros de Santiago em agosto. 

De acordo com o site Emol, no dia 2 de julho, pessoas investigadas por supostamente terem implantado outras bombas realizaram uma reunião na capital, onde fizeram um chamado para a realização de “ações de insurreição”. O objetivo seria se solidarizar com pessoas que estariam “sequestradas pelo Estado” e instou à realização de “ataques em suas diversas formas para manter vivo o fogo anárquico da revolta”.

(*) Com informações de Victor Farinelli, em Santiago