Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Nicolas Sarkozy, anunciaram nesta segunda-feira (7) que os países serão parceiros estratégicos no setor aeronáutico. Estimativas iniciais apontam que a aproximação entre os dois poderá gerar negócios no setor de defesa no valor de mais de 20 bilhões de dólares.
O primeiro passo na aliança foi a decisão do Palácio do Planalto de entrar em negociações com os franceses para comprar 36 aviões de combate GIE Rafale. O presidente francês, por sua vez, planeja adquirir 12 unidades da futura aeronave de transporte militar KC 390, desenvolvida pela Embraer.
Os presidentes se reuniram no Palácio da Alvorada para tratar de temas de interesse dos dois países. Uma licitação aberta pelo Brasil para a compra dos 36 jatos está na fase final e, mesmo antes do anúncio de hoje, o governo federal já tinha mostrado sua preferência pelos aviões franceses.
Fernando Bizerra Júnior/EFE
Sarkozy e Lula firmam acordo após desfile do Dia da Independência
Além dos Rafale fabricados pela Dassault Aviation, participou da licitação dos caças o modelo Grippen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.
Independência
Lula e Sarkozy assistiram hoje em Brasília ao desfile do Dia da Independência antes da reunião na residência oficial. Além das negociações para a compra dos caças, os dois governos assinarão um acordo de cooperação militar.
Esse acerto permitirá ao Brasil construir, com tecnologia francesa, quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear. Também está prevista a compra de 50 helicópteros do modelo EC-725, da empresa Eurocopter.
Os submarinos, dizem interlocutores do governo brasileiro, têm melhor capacidade de patrulha nos campos de pré-sal – afastados da costa e que podem render bilhões de barris de petróleo nas próximas décadas.
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