O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China (denominado Bric) convidou nesta sexta-feira (24/12) formalmente a África do Sul a se juntar como membro de pleno direito para trabalhar conjuntamente no desenvolvimento mútuo.
A ministra de Relações Internacionais sul-africana, Maite Nkoana Mashabane, informou em Johanesburgo que na quinta-feira (23/12) o titular de Assuntos Exteriores da China, Yang Jiechi, convidou seu país a unir-se ao Bric, que agora seria Brics, após a anexação da África do Sul.
Os Bric formam um grupo díspar de grandes economias emergentes, três das quais (China, Índia e Brasil) se converteram no motor da recuperação econômica mundial, depois de superarem seus competidores ocidentais após a crise econômica mundial surgida em setembro de 2008.
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De 2000 a 2008, os quatro membros do Bric representaram cerca do 50% de crescimento econômico mundial e essa porcentagem deve aumentar a 61% até 2014, segundo projeções do FMI(Fundo Monetário Internacional).
Yang Jiechi, responsável pela diplomacia da China, que ocupa a presidência rotatória do Bric, confirmou que o presidente da China, Hu Jintao, enviou uma carta a seu colega sul-africano, Jacob Zuma, na qual o convida para a Terceira Cúpula do Bric.
Yang, segundo a ministra sul-africana, assinalou que a “China acredita que a adesão da África do Sul promoverá o desenvolvimento dos países do Brics e melhorará a cooperação entre as economias de seus mercados emergentes”.
Com este grupo, a África do Sul espera trabalhar com outras economias emergentes na reestruturação da arquitetura política, econômica e financeira global, para conseguir uma influência mais equitativa e equilibrada no mundo, que “descanse no pilar fundamental do multilateralismo”, disse Nkoana Mashabane.
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“A África do Sul e os Estados-membros do grupo Brics vão continuar colaborando estreitamente em outros foros e organizações internacionais”, ressaltou a ministra.
Os Bric já celebraram duas cúpulas, na Rússia, em 2009, e no Brasil, em abril deste ano, e buscam exercer um maior peso nos grandes assuntos mundiais, apesar da diversidade de seus interesses.
“Juntos, Brasil, Rússia, Índia e China contribuem com 15% do PIB mundial. Somos países onde tudo é em grande escala. Representamos quase a metade da população mundial, 20% da superfície terrestre e temos recursos naturais abundantes”, afirmou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em um artigo publicado antes da última cúpula do grupo.
“Os Bric já não são um conjunto de letras. São uma referência inegável na adoção das principais decisões internacionais”, acrescentou o presdiente brasileiro na ocasião.
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