A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (14/04), com uma boa margem de segurança de votos, o orçamento federal para os seis meses que restam do ano fiscal de 2011, que inclui quase 40 bilhões de dólares em gastos públicos.
Com 260 votos a favor e 167 contra, os congressistas norte-americanos aprovaram a conta, anunciada na sexta-feira passada após intensas negociações.
A lei orçamentária deverá agora ser votada no Senado ao longo do dia. Lá, a medida irá precisar de pelo menos 60 votos para ser ratificada e seguir para sanção do presidente Barack Obama.
A medida orçamentária prevê um corte de US$ 38,5 bilhões, que afetará uma ampla gama de programas dos departamentos de Trabalho, Saúde e Educação, além de suprimir fundos para a EPA (Agência de Proteção Ambiental) e para os departamentos de polícia.
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A medida “freia a hemorragia” e o esbanjamento de despesas, e “nos conduz pela via correta”, declarou o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, antes da votação. Boehner reconheceu, no entanto, que o total de cortes de gastos ainda não é suficiente para os republicanos. “É um acordo histórico (…) que nos ajudará a controlar o alto déficit”, afirmou o congressista republicano Rodney Alexander, do Estado da Louisiana.
A Câmara prevê votar nas próximas horas duas controversas medidas para, por um lado, eliminar fundos futuros aos centros de saúde reprodutiva e planejamento familiar da organização Planned Parenthood e, por outro, eliminar os fundos para a aplicação de partes da reforma de saúde promulgada em março de 2010.
Ambas foram concessões dos democratas em troca de evitar uma paralisação das atividades do Governo Federal, a primeira desde 1995. A medida de despesas provisórias para financiar as operações das agências federais vence nesta sexta-feira.
A Câmara baixa também prevê começar nesta mesma quinta-feira o debate do Orçamento do ano fiscal de 2012, que inicia no dia 1º de outubro, e o submeterá a votação nesta sexta.
Esse Orçamento, apresentado na semana passada pelo republicano Paul Ryan, inclui cortes de seis trilhões de dólares para a próxima década.
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