Um alemão para o cargo de chefe do Banco Central Europeu (BCE) teria mais apoio no continente do que qualquer candidato de outra nacionalidade, segundo uma pesquisa divulgada hoje (01/02) pelo jornal britânico Financial Times.
A sondagem foi feita no começo de janeiro e entrevistou 5.200 pessoas no Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha. O objetivo era saber quem seria mais indicado para substituir o francês Jean-Claude Trichet, cujo mandato acaba em outubro.
Na Alemanha, mais de um terço dos entrevistados se declarou favorável ao candidato doméstico. A preferência também é registrada na França e na Espanha – 26% gostariam de um candidato alemão. Até na Itália, que tem um forte candidato, o presidente do BC italiano Mario Draghi, 25% dos pesquisados gostariam de ver um alemão no cargo (contra 26% em favor do italiano). No Reino Unido, que não pertence à zona euro, quase 20% dos entrevistados pensam que um alemão seria a melhor opção para dirigir o BCE.
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Polêmica
Além de Draghi que, segundo o Financial Times, desfruta de pouco apoio fora de seu país, outro candidato considerado é o homólogo alemão, Axel Weber. No entanto, Weber provocou polêmica entre os líderes da União Europeia ao criticar publicamente a compra pelo BCE de títulos de dívida pública da zona euro.
As posições econômicas de Weber são conhecidas como bastante ortodoxas, com um forte enfoque no combate à inflação. Porém, outro candidato em potencial é Klaus Regling, chefe da European Financial Stability Facility, uma entidade recém-criada. Outras possibilidades mencionadas são o governador do BC finlandês, Erkki Liikanen, e o atual vice-presidente do BCE, o português Vítor Constâncio.
A escolha de quem irá suceder Trichet em outubro é importante já que o presidente do BCE é uma pessoa fundamental para encontrar formas de lidar com a crise da dívida da zona euro.
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