O cantor popular Michel Martelly, de 49 anos, venceu as eleições presidenciais no Haiti com mais de 50% dos votos, segundo os resultados preliminares divulgados nesta segunda-feira (04/04) pelo Conselho Eleitoral Provisório.
No dia 20 de março, os haitianos foram às urnas para votar em sete senadores, 79 deputados e o sucessor do presidente René Préval. Entre os canditados mais votados no primeiro turno estavam a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, da RDNP (Reunião dos Democratas Nacionais Progressistas) eMichel Martelly, da legenda Resposta Camponesa. Este foi o segundo turno das eleições marcadas por violência e denúncias.
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A divulgação da primeira apuração estava programada para quinta-feira passada (31/04), mas devido a problemas encontrados em mais de 60% das cédulas, o Comitê remarcou a para esta segunda-feira. As irregularidades nas cédulas para presidente (1.518), as quais superam as do primeiro turno, realizada em novembro de 2010.
Alguns candidatos acusaram o organismo eleitoral de falsificar as cédulas no momento da apuração, por considerar impossível que mais da metade das cédulas teriam sido supostamente adulteradas nas urnas.
Desde a madrugada, as expectativas e a tensão tomam conta das ruas da capital, Porto Príncipe, onde centenas de policiais foram mobilizados para impedir eventuais incidentes violentos.
Autoridades haitianas e representantes de organizações internacionais fizeram um apelo a população para acatar os resultados e evitar qualquer tipo de protesto, ante a ameaça de os candidatos ao Senado realizarem manifestações públicas e atos de desobediência caso os resultados eleitorais não os beneficiem.
O segundo turno das eleições gerais, que aconteceu após a anulação das eleições do último mês de novembro por denúncias de fraude e pressões de organismos internacionais, se deu no momento em que dois ex-presidentes – que foram expulsos do país – sinalizam o desejo de voltar à cena política. Jean-Bertrand Aristide e Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc. Eles retornaram à capital haitiana este ano. Os dois são denunciados por corrupção e violação de direitos humanos e deixaram o país sob pressão popular.
O Hati vive ainda um momento delicado em decorrência dos esforços internos e externos para sua reconstrução. No ano passado, um terremoto destruiu grande maior parte do país. A região passa pela instabilidade política e crise agravada pela epidemia de cólera que matou mais de quatro mil pessoas.
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