A cantora Maria Alekhina, integrantes da banda punk russa Pussy Riot, anunciou nesta quarta-feira (22/05) que iniciou uma greve de fome, depois que a justiça impediu sua presença em uma audiência que julgará seu pedido de liberdade antecipada.
“Me declaro em greve de fome e insisto em minha participação nesta audiência”, disse Alekhina, 24 anos, em um vídeo. Ela cumpre pena de dois anos por “blasfêmia”, após realizar um protesto organizado pela banda contra o presidente Vladimir Putin na catedral de Moscou em fevereiro de 2012.
Efe (10/10/2012)
As integrantes da banda punk russa Pussy Riot à espera de julgamento. Maria Alyokhina (centro) inicia greve de fome
“Proíbo meus advogados que participem nos debates até que me levem ao tribunal para assistir à audiência”, completou a jovem.
O vídeo foi divulgado no microblog Twitter, através da conta do grupo de arte radical Voina, que apoia as Pussy Riot.
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O tribunal municipal de Berezniki, que analisa a demanda de libertação antecipada apresentada por Alekhina negou a demanda e permitiu que ela acompanhasse a audiência por videoconferência.
Como resultado da decisão da música, a audiência do julgamento de Alyokhina foi suspensa até amanhã. Segundo a imprensa russa, o processo continuará a decorrer apesar da ausência dos seus advogados.
Alekhina, que denunciou uma “violação” de seus direitos, pediu a saída do juiz Mikhail Chagalov, que preside a audiência, mas a demanda também foi negada.
Yekaterina Samutsevich, outra das três jovens das Pussy Riot, foi libertada depois de apresentar recurso. Já a Nadezhda Tolokonnikova, a última a ser acusada, o tribunal negou-lhe o direito ao recurso.