O ex-capitão do navio Costa Concordia Francesco Schettino foi condenado nesta quarta-feira (11/02) a 16 anos e um mês de prisão pelo naufrágio do navio em janeiro de 2012, que deixou 32 mortos. Ainda cabe recurso da decisão judicial.
Com a sentenção, Schettino ainda ficará impedido de atuar como capitão pelo período de cinco anos, informou o Tribunal de Grosseto, na Itália. A condenação também o obriga a pagar os custos do processo e o proíbe de concorrer a cargos públicos pelo resto da vida.
Agência Efe
Naufrágio do Costa Concordi, em janeiro de 2012, deixou 32 pessoas mortas
Conhecido mundialmente como o “capitão covarde” por ter deixado o navio antes dos passageiros, o ex-comandante chorou ao prestar depoimento na fase final de seu julgamento em Grosseto.
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“Fui acusado de não ter me sensibilizado pelas vítimas. Mas é minha maneira de exibir meus próprios sentimentos. Escolhi não instrumentalizar a dor”, disse o ex-comandante, que chorou ao relembrar encontros que teve com sobreviventes em sua casa. “Não queria nada disso”, contou.
Agência Efe
Conhecido como 'capitão covarde', Francesco Schettino foi condenado pelo abadono do navio Costa Concordia
O promotor Stefano Pizza pediu ao tribunal uma pena de 26 anos e três meses de prisão para o ex-comandante. Schettino respondeu por homicídio e lesão culposa (14 anos), naufrágio culposo (nove anos), abandono de incapazes (três anos) e omissões e falsas declarações (três meses).
O Tribunal de Grosseto, entretanto, rejeitou o pedido de prisão do ex-capitão por não considerar que há risco de fuga. Por isso, Schettino poderá recorrer da decisão em liberdade.