A Casa Branca descartou nesta segunda-feira (18/07) a possibilidade de que o presidente americano, Barack Obama, aprove a proposta apresentada pelos republicanos como condição para aceitar a alta do teto da dívida e evitar assim a moratória dos Estados Unidos.
“Se o presidente recebesse esta lei para sancionar, ele a vetaria”, afirmou o Escritório de Orçamentos da Casa Branca em comunicado.
Com a proposta, denominada “Cortar, Limitar e Equilibrar”, os republicanos querem obrigar o governo americano a reduzir a despesa do Orçamento de 2012 e estabelecer limites de gastos.
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A oposição também busca que o Congresso aprove uma emenda constitucional que introduza a obrigação de apresentar anualmente orçamentos equilibrados, antes de subir o limite da dívida.
A iniciativa dos republicanos, que são maioria na Câmara de Representantes, tem um caráter sobretudo simbólico, no contexto do impasse que mantêm com a Casa Branca.
Apesar de ser provável que seja aprovada nesta terça-feira na Câmara Baixa, é possível que a proposta seja rejeitada no Senado, que conta com maioria democrata, o que significa que não ajudará a superar a atual estagnação.
“Em vez de perseguir uma declaração política vazia e irreal, é necessário que nos movimentemos além da política habitual e encontremos pontos em comum bipartidaristas”, acrescentou a nota governamental.
A resposta da Casa Branca é divulgada após um fim de semana no qual prosseguiram as negociações entre republicanos e democratas para alcançar um acordo de elevação do teto da dívida, fixado atualmente em 14,29 trilhões de dólares, antes do limite de 2 agosto, data na qual se não for aprovada, obrigará o país a entrar em moratória.
Neste domingo, Obama manteve uma reunião a portas fechadas com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, e o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, informou Brendan Buck, porta-voz de Boehner.
“As linhas de comunicação seguem abertas, mas não há nada novo em termos de acordo ou progresso. Achamos que 'Cortar, Limitar e Equilibrar' representa o melhor passo à frente, e esperamos a votação de amanhã na Câmara”, acrescentou Buck.
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