A decisão de manter no Brasil o ex-militante comunista Cesare Battisti, acusado de envolvimento em quatro crimes no seu país, não causou estremecimento nas relações entre o Brasil e a Itália. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (18/02) que tem “indicações” de que as relações bilaterais estão inalteradas e sem problemas. O caso aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal.
“Todas as indicações que temos são de que há um grande apreço nas relações [entre Brasil e Itália]. O Brasil tem mais de 20 milhões de descendentes de origem italiana. Não identifico problema nessa situação”, afirmou.
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No último dia de governo – 31 de dezembro – o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a permanência de Battisti no Brasil. A decisão causou polêmicas na Itália. Houve protestos e até pedidos de retaliação ao governo brasileiro. Para o governo italiano, o ex-militante deve ser tratado como um criminoso comum e cumprir a pena de prisão perpétua.
Como fugiu para o Brasil em 2007 e foi detido preventivamente pelas autoridades brasileiras, ele aguarda decisão final da Suprema Corte na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Os ministros do Supremo Tribunal Federal darão a palavra sobre o futuro de Battisti. O governo da Itália insiste para que ele retorne ao país e cumpra pena.
Ex-integrante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Battisti foi condenado pela Justiça de Milão à prisão perpétua por envolvimento em quatro assassinatos – de um guarda carcerário, um agente policial, um militante e um joalheiro. O ex-militante nega todas as acusações.
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