A Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) afirmou nesta terça-feira (13/11) que a força militar internacional de 3.300 soldados despachada ao Mali (oeste africano) está pronta para ação.
Segundo o presidente da entidade, o burquinense Kadré Desiré Ouedraogo, a coalizão espera apenas pelo sinal verde da ONU para iniciar a intervenção militar e se unir às forças governamentais contra o MNLA (Movimento Nacional pela Libertação de Azawad), grupo político e militar de caráter separatista e fundamentalista islâmico, que controla parte da zona norte do país.
“As tropas estão 100% prontas”, afirmou o dirigente em coletiva. Ele também afirmou que a Argélia, país que faz fronteira com o norte do Mali, acordou em fechar suas fronteiras em caso de intervenção militar.
No último domingo (11), uma reunião de cúpula da entidade acordou o envio de uma tropa de 3.300 soldados, todos integrantes da aliança continental, ao país.
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No mesmo momento da coletiva da Cedeao, o ministro de Defesa do governo do Mali, Jean-Yves Le Drian, pediu em Bamako pressa às Nações Unidas para a aprovação do reforço militar.
Europa
Na próxima quinta-feira (08/11), os ministros de Relações Exteriores de cinco países europeus (França, Alemanha, Polônia, Itália e Espanha) se encontrarão em Paris para discutir o envio de uma missão de 200 militares escalados somente como “elementos de instrução”. “Essa missão teria dois objetivos: ajudar a reconstruir as Forças Armadas malianas e acompanhar e orientar as forças africanas”, explica Le Drian. O ministro rejeitou a ideia de contar com soldados europeus ediretamente envolvidos em ações militares tanto terrestres quanto aéreas.
Le Drian não descarta totalmente iniciar o diálogo com as tropas do NMLA, desde que eles renunciem à separação do país. “Caso esse obstáculo seja retirado, o diálogo será possível. (…) O foco principal é a integralidade [territorial] do Mali”.