A futura Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribe (Celac) será um divisor de águas na integração regional, considerou neste domingo (26/06) o jornal oficial cubano Juventud Rebelde. Ele qualifica de “fato inédito” a configuração desse mecanismo integracionista que acontecerá na Cúpula da América Latina e do Caribe sobre integração e desenvolvimento (CALC), que será realizada na Ilha Margarita (Venezuela) nos dias 5 e 6 de julho.
“O que está em jogo para a América Latina e o Caribe não é apenas seu desenvolvimento ulterior, mas inclusive, talvez, a sobrevivência”, sustenta o Juventud Rebelde, e destaca que a possibilidade de “atuar como um só, sem interferências externas, marcaria também nossa completa independência”. Além disso, considera que a Celac será “qualitativamente diferente nos âmbitos social e político” comparada a outros blocos.
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“Pela primeira vez vão poder escutar a voz e os genuínos interesses da heterogeneidade de Estados aglutinados nela e continuar avançando por agendas que nos levem a real integração”, destaca o rotativo.
O jornal cubano também aponta que a integração, “vista unicamente do ponto de vista comercial, foi justamente o Calcanhar de Aquiles de alguns dos fracionados esquemas integracionistas pelos quais transitaram na América Latina e no Caribe até hoje (…)”. No entanto, reconhece que, estes constituem “no tecido que continuará imbricando em muitos de seus Estados, e sobre o qual a Celac deverá erguer”.
Nesse sentido, diz que “o ensaio geral mais próximo ao que será a Celac talvez esteja na União de Nações Sul-americanas (Unasul)” já que pode transmitir “iniciativas indispensáveis para que esta caminhe por si só”, e como exemplos cita o Banco do Sul, Petrocaribe e a recém criada Escola de Defesa da Aliança Bolivariana para os Povos da América (Alba).
A Celac, cujo nome definitivo ainda não foi definido, assumirá o patrimônio da CALC e do Grupo do Rio, que acordou a criação deste novo organismo em uma cúpula realizada em Cancún (México) em fevereiro de 2010.
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