A oposição de centro-esquerda liderada pela social-democrata Helle Thorning-Schmidt ganhou nesta quinta-feira (15/09) as eleições gerais dinamarquesas com 52,7% dos votos. A estimativa é o resultado de uma pesquisa de boca de urna divulgada pela rede de televisão TV2 duas horas antes do fechamento das urnas (marcado para 15h de Brasília).
De acordo com a pesquisa, a centro-esquerda obterá 93 cadeiras, três a mais do que o número necessário para obter a maioria absoluta no Parlamento. Já o bloco de direita do primeiro-ministro, o liberal Lars Lokke Rasmussen, ficaria com 86.
Leia mais:
Dinamarca inicia jornada eleitoral; esquerda lidera as pesquisas
A Europa em marcha-à-ré
Os ''indignados'' e a Comuna de Paris
Dinamarca decide instalar controle nas fronteiras para barrar imigração ilegal
Contra imigração, União Europeia decide restringir livre circulação no bloco
Caso o triunfo se confirme, a oposição acabaria com dez anos de governo liberal e conservador, e que contava com o apoio no do ultradireitista Partido Popular Dinamarquês. E, nessa condição, Thorning-Schmidt deverá se tornar a primeira mulher a chegar ao poder na Dinamarca.
Pulverização
Um número que chama a atenção é que todos os principais partidos do país tiveram votações menores do que o último pleito. Segundo a pesquisa da TV2, o Partido Social-Democrata, mesmo terminando como o mais votado, com 24,6% dos votos. Apesar de seu triunfo, ele obteria o pior resultado em um século, quase um ponto abaixo do resultado de quatro anos atrás.
O Partido Liberal passaria de 26,2% para 23,6%, enquanto o Partido Popular Dinamarquês manteria sua condição de terceira força política, com 12,2%, 1,7 ponto a menos que em 2005. Os conservadores sofreriam uma forte baixa, passando de 10,4% para 6%.
O Partido Socialista Popular, parceiro dos social-democratas, obteria 11,5%, 1,5 ponto a menos que no pleito anterior.
Quem cresceu
Já os outros dois partidos que apoiam Thorning-Schmidt deverão ter uma alta notável: o Partido Radical Liberal duplicará sua votação, chegando para 10%. A coalizão Lista Única triplicará a sua, atingindo 6,6%, ainda segundo a pesquisa. A Aliança Liberal também melhoraria seus resultados, com 5,2% – quatro anos antes havia obtido 2,8%.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL