O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou na terça-feira (4/1) que entendeu como uma “retificação” o anúncio de que os Estados Unidos nomearão outro embaixador para Caracas, desistindo do nome de Larry Palmer. Chávez fez a afirmação ao comentar o breve diálogo que teve no sábado com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, durante a posse de Dilma Rousseff em Brasília.
“Eu tenho de reconhecer, por exemplo, a retificação que fez, pelo menos até agora é a nossa leitura, o governo dos EUA” ao anunciar que “retiram a postulação de Palmer”, disse Chávez.
Leia mais:
EUA deixam aberta a possibilidade de nomear outro embaixador para a Venezuela
Venezuela rejeita nomeação de novo embaixador dos EUA
Venezuela exige explicações por declarações de novo embaixador dos EUA
Venezuela entrega nota de protesto a representante diplomática dos EUA
Pensar que a decisão americana de nomear outro diplomata como embaixador na Venezuela “é um sinal de fraqueza seria muito ingênuo ou pretensioso da parte do governo revolucionário”, acrescentou.
Chávez rejeitou Palmer depois que o diplomata afirmou, na sabatina do Senado dos EUA, que o moral dos militares venezuelanos é baixo e que seria necessário investigar a suposta presença das guerrilhas colombianas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) no país vizinho. Como retaliação, os EUA cancelaram o visto do embaixador venezuelano em Washington.
Oliver Stone ou Sean Penn
Na segunda-feira, Washington deixou aberta a possibilidade de nomear outro embaixador para a Venezuela, já que a indicação de Palmer expirou.
“Teremos que voltar a nomear um candidato a embaixador” na Venezuela, disse na segunda-feira o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
Ao descrever seu “fortuito” e “amável” encontro com Hillary, o líder venezuelano brincou, dizendo esperar que Washington nomeie como seu representante em Caracas o cineasta Oliver Stone ou o ator Sean Penn, que visitaram a Venezuela em várias ocasiões para conhecer os avanços da “revolução” bolivariana.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL