O governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, procura uma aproximação com a comunidade negra nos Estados Unidos a partir de intercâmbios culturais e educativos, como via para melhorar as relações bilaterais entre os países, afirmou nesta quinta-feira (05/05) o deputado venezuelano Modesto Ruiz.
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Ruiz realiza uma visita de uma semana a Washington para se reunir com legisladores, intelectuais e representantes de movimentos sociais, como parte da celebração do Ano Internacional da afrodescendência.
O objetivo da visita é fomentar a aproximação entre os povos negros da Venezuela e Estados Unidos e que “estas duas populações harmonizem as relações bilaterais”, disse o deputado em entrevista à Agência Efe.
“Venho em nome do governo venezuelano e como membro do Parlamento estou autorizado para isso. Como parte do projeto Simón Bolívar, estamos autorizados a estabelecer esta relação em nível internacional”, explicou.
Perguntado sobre a existência de um plano de ação concreto com a comunidade negra nos EUA, Ruiz revelou que os temas estão sendo “afinados” e a agenda será divulgada “quando for estabelecido um acordo pela via bilateral”.
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Uma ideia é desenvolver intercâmbios educativos com a Universidade de Harvard dirigidos especificamente aos estudantes afrodescendentes em ambos os países, afirmou.
O deputado, que é presidente de uma subcomissão que trata dos assuntos da comunidade negra na Venezuela, se reuniu com membros do grupo legislativo afro-americano do Congresso dos EUA e com docentes e estudantes da Universidade de Harvard.
Ruiz também se encontrou com líderes da comunidade negra em Baltimore, Maryland, para falar sobre “os avanços do governo venezuelano para a comunidade afrodescendente”.
De acordo com o deputado, a Assembleia Nacional venezuelana prevê aprovar em breve um projeto de lei para punir a discriminação racial. Ruiz também relatou que o próximo censo demográfico do país incluirá pela primeira vez uma pergunta de reconhecimento dos afrodescendentes, com a meta de “quantificar a população” e melhorar as políticas públicas voltadas a esta minoria.
Segundo dados oficiais, cerca de 100 mil escravos negros foram levados à Venezuela entre os séculos XVI e XIX. A escravidão foi abolida no país em 1854.
Nos Estados Unidos, os negros totalizam 37,7 milhões, ou 12,6% da população total.
Chávez e o presidente dos EUA, Barack Obama, são afrodescendentes, disse Ruiz, o que em sua opinião é um elemento comum “que pode permitir a ambos os países avançar em sua relação bilateral”.
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