O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira (16/08) que seu governo continuará comprando armas da Rússia para “defender a sagrada soberania” do país, e anunciou que, para isso, administra perante Moscou um crédito de US$ 4 bilhões.
As Forças Armadas venezuelanas receberam, nesta quarta-feira, armas de
fogo transportáveis, mísseis antiaéreo ZU-23 e tanques BTR 80 de
fabricação russa, que o governante descreveu como o “melhor armamento do
mundo”.
“Estamos tramitando um crédito de US$ 4 bilhões. Uma boa parte disso é para continuar nos equipando, levantando nossa capacidade de combate e de defesa. É um direito e uma obrigação”, afirmou Chávez, em uma comunicação telefônica divulgada durante um ato militar.
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“Essas armas fabricadas na Rússia, e agora venezuelanas, serão para defender a sagrada soberania, assim como vocês souberam defender por muito tempo a sagrada soberania da pátria russa”, afirmou Chávez, aproveitando para agradecer ao país e ao presidente, Dimitri Medvedev.
Chávez disse que está assegurando a continuidade de “todo o trabalho estratégico” com a Rússia, com o qual, destacou, a Venezuela mantém um banco com sedes em Caracas, Moscou e Pequim.
Em abril, a corporação estatal russa para exportação de armamento, Rosoboronexport, revelou em Moscou que a Venezuela comprou US$ 11 bilhões em armas da Rússia nos últimos cinco anos.
“Uma parte dos contratos que foram assinados com a Venezuela já foram realizados e outros ainda se encontram em fase de conclusão”, disse naquela época à Agência Interfax o chefe do departamento latino-americano Rosoboronexport, Sergei Ladiguin.
Em janeiro, Chávez anunciou a chegada ao país de um lote de tanques de guerra russos que foram negociados durante a presidência de Vladimir Putin (2000-2008).
O governante venezuelano lembrou que, nos últimos anos, comprou da Rússia fuzis, helicópteros, aviões e tanques de guerra e equipamentos com os quais modernizou a frota militar do país, além de ter adquirido da China aviões de treinamento e radares.
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