O chefe da junta militar que governa Mali, capitão Amadou Haja Sanogo, assegurou nesta segunda-feira (09/04) que não é necessária uma intervenção internacional para solucionar a crise na região norte do país, que está sob controle de tuaregues.
Sanogo, no entanto, disse que Mali precisa de apoio logístico e material para enfrentar o problema. O dirigente deu uma entrevista coletiva no quartel militar de Katti, a 15 quilômetros da capital Bamaco.
Sanogo garantiu que cumprirá o acordo estabelecido nesta sexta-feira (06) com a Cedeao (Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental) para restauração da ordem constitucional e realização de eleições daqui a um mês e meio.
O acordo prevê a renúncia de Sanogo, o que ainda não ocorreu, e a nomeação do presidente do Parlamento como chefe de estado transitório.
Neste domingo (08), Níger, Mauritânia e Argélia, vizinhos da região de Azawad, no norte de Mali, coincidiram que uma intervenção militar no país seria o último recurso.
O ministro das Relações Exteriores de Níger, Mohammed Bazoum, disse após reunião ministerial realizada na capital da Mauritânia, Nouakchott, que a prioridade é o diálogo entre o próximo governo de Mali, que deverá ser formado nos próximos dias, e os rebeldes.
O grupo independentista tuaregue MNLA (Movimento Nacional para a Libertação de Azawad) proclamou no dia 6 de abril a independência de parte do norte de Mali, o que não foi reconhecido até o momento por nenhuma nação no mundo.
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