A ministra da Justiça da Noruega, Grete Faremo, revelou nesta sexta-feira que o chefe da polícia do país, Oystein Maeland, renunciou a seu cargo após um relatório do governo concluir que os atentados cometidos pelo direitista Anders Behring Breivik em julho de 2011 são o resultado de uma falha na gestão das forças de segurança.
Também criticada pelo ataque que matou 77 pessoas, Grete alegou que Maeland “perdeu a confiança” do executivo, o que tornava “impossível” sua permanência na liderança da polícia norueguesa.
Efe
De acordo com a comissão independente que analisou as táticas de segurança empregadas para prevenir o episódio, a “gestão da crise não foi suficientemente satisfatória em importantes áreas”. O relatório concluiu que as explosões no centro da capital Oslo poderiam ser totalmente evitadas, assim como o as vítimas do tiroteio de Utoya poderiam ter sido atendidas de forma muito mais rápida.
[Na imagem à esquerda, Anders Breivik durante seu julgamento]
Esse comitê foi criado pelo governo do primeiro-ministro trabalhista Jens Stoltenberg pouco tempo após o atentado. O próprio premiê admitiu publicamente nesta semana sua “responsabilidade política” após ter acesso aos resultados do estudo. Ele se comprometeu a adotar todas as medidas necessárias para melhorar os dispositivos de segurança do país e, assim, evitar o que chama de “ameaças futuras”.
Em 22 de julho de 2011, Anders Behring Breivik começou o ataque acionando uma bomba de cerca de 1 tonelada perto da sede do governo. Essa primeira ação resultou na morte de oito pessoas e em vários danos em prédios do centro da capital norueguesa.
Pouco depois, disfarçado de policial, ele dirigiu-se para a Ilha de Utoya, onde a juventude do Partido Trabalhista organizava um acampamento de verão. Fortemente armado, Breivik matou a tiros 69 pessoas, na maioria jovens entre 14 e 20 anos. O extremista justificou o ato como uma resposta ao “perigo marxista” e à “multiculturalidade”. Ele garantiu que agiu sozinho e negou a existência de células de extrema direita organizadas no país.
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